22/08/2023


Paraná Segurança

Bope tem a primeira mulher apta a adestramento dos cães da PM

Soldado Angélica Chuede é também médica veterinária

04-07-2019 RIC Grava no Canil

A soldado Angélica Aparecida Chuede ( Foto: Soldado Amanda Morais)

A Companhia de Operações com Cães (COC) do Batalhão de Operações Especiais (Bope), conta agora com uma mulher. Em 47 anos de criação da subunidade, esta é a primeira vez que há a inclusão feminina na equipe. A inclusão da soldado Angélica Aparecida Chuede aconteceu com a formatura dela no Curso de Cinotecnia, que fez todas as etapas com seu cão Hunter. A Cinotecnia é a ciência responsável pelo estudo da anatomia, comportamento, psicologia, fisiologia, etc, dos cães. Trata-se de um curso indispensável para quem deseja ser adestrador.

Chuede cursou Medicina Veterinária na Universidade Estadual de Londrina (UEL) e chegou a trabalhar na área. Porém, quando passou no concurso da Polícia Militar não perdeu tempo e largou a profissão. Depois da etapa de formação, em 2015, foi trabalhar em União da Vitória pelo 27º Batalhão. Mais tarde, surgiu o desejo de buscar algo a mais, desta vez ingressando no Bope.

A ESCOLHA

Entretanto quando chegou a oportunidade de participar do processo seletivo, foi liberada para passar pelo novo desafio. Segundo a Agência Estadual de Notícias, foram 35 dias de estágio em todas as subunidades do Bope. Somente no COC foram mais 60 dias, com atuação voltada exclusivamente à cinotecnia.  De acordo com o capitão Zancan, na conclusão do estágio ela teve uma das melhores notas dos últimos tempos.

Além da preparação de Chuede, também houve o treinamento ao cão dela, o pastor-holandês Hunter, que tem aproximadamente um ano. O capitão disse que cachorro tem desempenhado bem as atividades e tem tudo para ser um ótimo cão de faro. “Ele apresenta todas as características que precisamos para o trabalho, e ao lado da soldado Chuede trará bons resultados à Polícia Militar”.

A inclusão da militar estadual aconteceu com a formatura dela no Curso de Cinotecnia (Foto: Soldado Amanda Morais)

O CÃO NA POLÍCIA

O emprego do cão no serviço policial é o resultado da parceria entre animal e ser humano que se estabeleceu há séculos. Assim sendo, em tempos de guerra ou paz, o cão sempre esteve presente nas mais diferentes camadas sociais e civilizações. E hoje continua sendo o melhor amigo do homem.

Assim, na segurança pública isso é evidente pelo trabalho desenvolvido pela Companhia de Operações com Cães (COC) do Bope. Também pelos canis setoriais de outras unidades operacionais da PM de todo o Estado.

Segundo a PM, em muitas situações, o emprego do cão de faro é decisivo para que drogas, armas e outros materiais ilegais sejam encontrados. Isso porque as capacidades naturais do cão  desafia a capacidade do ser humano em camuflar objetos. O objetivo é  despistar os policiais militares durante abordagens e revistas.

Por isso, o combate ao tráfico de drogas é a área em que os cães da Polícia Militar mais se destacam diante do grande volume de drogas apreendidas.

PREPARO

Entretanto, para que o cão tenha plena capacidade de aplicação policial, há um rigoroso adestramento que se inicia desde o nascimento. O capitão Zancan explica que os filhotes são separados e analisados um a um. A finalidade é ver se possuem aptidão para o trabalho. Depois, inicia-se a fase de adestramento com o cinotécnico.

Segundo o capitão, é no treinamento é que se descobre qual a aptidão para desempenhar missões específicas. A partir disso é que a formação é moldada.

Conforme a PM, a doutrina cinotécnica do COC é difundida entre os canis setoriais das demais unidades operacionais da PM. Unidades especializadas como o Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) e do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) também possuem cães. Os animais= são usados no combate ao narcotráfico, contrabando entre outros.

Cristina Esteche

Jornalista

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