Com as relações com o Paraguai estremecidas desde o impeachment-relâmpago de Fernando Lugo no ano passado, o Brasil está sem embaixador em Assunção há nove meses, e a situação deve continuar no mínimo até as eleições presidenciais do país, em 21 de abril.
É grande a chance de o vácuo se estender até a posse do próximo presidente, em agosto. O Brasil não reconhece o mandato de Federico Franco, não quer apresentar a ele seu novo embaixador.
O Paraguai foi suspenso do Mercosul após Brasil, Argentina e Uruguai considerarem que a destituição de Lugo, após um rápido julgamento político, causou uma "ruptura" democrática no país.
No dia seguinte ao impeachment, em 22 de junho de 2012, o governo brasileiro "convocou para consultas" o então embaixador em Assunção, Eduardo dos Santos. Ele não foi enviado de volta ao Paraguai e, desde então, a embaixada está sob o comando de um encarregado de negócios. Em janeiro, Santos foi oficialmente nomeado secretário-geral do Itamaraty, segundo principal posto da chancelaria brasileira.
O nome de seu sucessor ainda está sendo discutido pelo Itamaraty. A decisão final será da presidente Dilma Rousseff.