22/08/2023
Política

Burko diz que não deixará comando do IAP

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Da redação – O presidente do IAP classificou a condenação como “absurda” pois se baseou num decreto de 1967, editado durante o regime militar. Segundo ele, a decisão ainda se fundamentou num erro formal de administração. “Não houve desvio de dinheiro, não houve dolo, não trouxe prejuízos, foi apenas uma contratação sem concurso. Desde que a fundação existe, ela tem funcionários sem concurso e ainda tem”, comenta Burko. Para o promotor, o argumento não é válido. “É como dizer que vou roubar porque o meu vizinho rouba”, afirma Pinheiro Pinto.

Apesar de a sentença ser definitiva, Burko garante que vai derrubar a decisão na Justiça. “Vou pedir habeas corpus e revisão criminal do processo”, adianta. O presidente do IAP, que vinha sendo cotado para ser o candidato do PV ao governo do estado, ainda afirma que não pode ser exonerado no momento porque está em período de férias. “Estou em férias até o dia 3 de março; trabalhei por merecer.”

A Fubem de Guarapuava – entidade pivô do processo – atende em torno de 100 crianças e adolescentes que são encaminhados pelo Fórum de Guarapuava e pelo Conselho Tutelar do município por estarem em situação de risco. Segundo informações da direção da entidade, ainda há na Fubem 99 funcionários contratados sem concurso público.

De saída

Presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) desde fevereiro de 2007, o advogado Vitor Hugo Burko (PV) terá de deixar o cargo. Ele foi condenado pela Justiça por contratar 30 funcionários sem concurso público na Fundação do Bem-Estar do Menor (Fubem) de Guarapuava quando foi prefeito do município, de 1997 a 2004. Burko perdeu os direitos políticos por cinco anos e terá de prestar serviços à comunidade. De acordo com o promotor William Gil Pinheiro Pinto, a decisão é de última instância e não cabe recurso.

Maria Gizele da Silva – jornal Gazeta do Povo

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Foto: arquivo

Cristina Esteche

Jornalista

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