O abandono de cães nas ruas de Guarapuava tem gerado um cenário alarmante e mobilizado um grupo de voluntárias que recorrem à solidariedade e à própria renda para tentar amenizar o sofrimento dos animais. Ontem (11), a massagista Lucimara Palermo, de 50 anos, fez um apelo ao Portal RSN.

Fêmea no cio (Foto: divulgação)
Com uma fêmea no cio dentro do carro e outros cinco cães em casa, um deles com a pata quebrada, ela desabafou.
Sou massagista, divorciada, mãe de dois filhos. Faço parte de um grupo com mais de 160 mulheres que se desdobra para cuidar de animais. Não sei mais o que fazer. Estou pedindo socorro.
De acordo com Lucimara, no grupo elas se ajudam. Mas chegou num ponto que não está sendo mais possível. Lucimara relata que os casos de maus-tratos e abandono vêm crescendo. “São fêmeas prenhes, machucadas, magras. Diariamente, cadelas são abandonadas com ninhadas de filhotes”.
Um dos locais críticos, de acordo com Lucimara, é a Madeirit. “Lá são abandonadas ninhadas todos os dias”. Outras mulheres também relatam situações semelhantes. “É um círculo vicioso e preocupante.
Resgatamos, tratamos, alimentamos. Mas a demanda é maior que a nossa capacidade.
O grupo, formado majoritariamente por mulheres, mantém cães resgatados nas próprias casas delas. Uma das mulheres, conforme disse Lucimara, abriga mais de 20 cães e faz bazares para conseguir comprar ração.

Fêmea machucada (Foto: divulgação)
Outra cuidadora, que também procurou a reportagem, relatou ter encontrado uma fêmea muito debilitada, com sete filhotes na rua. A situação se repete no Interior do Município.
Ela está magra, doente. E eu já não tenho mais espaço em casa.
Diante do colapso no acolhimento informal, o grupo pede que a prefeitura providencie um novo espaço, já que o canil municipal está superlotado. Em resposta, a administração informou que há uma licitação em andamento para a contratação de serviço de castração, com previsão de conclusão em julho.
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