Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, a Caixa Econômica Federal fez uma espécie de "fila de espera" para atender a novos pedidos de empréstimo imobiliário que usam dinheiro da poupança, principal fonte de crédito do setor e que vem sofrendo saques neste ano.
O banco nega que tenha suspendido a concessão, mas admite que fez ajustes nas cotas de recursos e nas taxas dos empréstimos.
Cada agência ou regional tem uma cota de dinheiro para o crédito imobiliário. Aquelas que já emprestaram todos os recursos orientam os clientes a procurarem outra unidade ou a aguardarem até que o banco possa encaminhar o pedido.
Segundo gerentes da Caixa ouvidos pela reportagem do jornal, a "fila de espera" dura cerca de um mês e não há previsão para a liberação de novos recursos.
Até fevereiro deste ano, o banco trabalhava com um sistema on-line que permitia aos correspondentes pré-aprovarem os financiamentos. Desde março, todos os financiamentos passaram a ser analisados caso a caso, alguns ficando à espera de recursos.
Os gerentes consultados pelo jornal disseram também que financiamentos com valor acima de R$ 400 mil são inviáveis.
De janeiro a março, a Caixa perdeu R$ 7 bilhões em depósitos (30% do total das poupanças no país).
Por lei, os bancos têm obrigação de aplicar 65% do dinheiro da poupança no setor imobiliário.
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