Em uma sessão turbulenta, a Câmara de Vereadores de Guarapuava formou, na manhã desta terça feira (2), a comissão que investigará a suspeita de caso de violência contra a mulher que envolve o vereador Samuel da Silva Pinto (PPS), o Samuca, e uma ex-namorada. A ocorrência foi registrada pela Polícia Militar na madrugada do último sábado (29).
Entenda o caso
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De acordo com a decisão da Casa, integram a comissão de investigação os vereadores Jabur do Motocross (PRB), Danilo Dominico (PSD) e Márcio Carneiro (PPS). Os três vereadores devem permanecer na comissão até, minimamente, a data de 31 de dezembro. Nenhuma das vereadores que compõe a mesa diretiva da Câmara de Guarapuava integram a Comissão. A ausência é justificada pelo fato de que ambas, Terezinha Daiprai (PT) e Maria José Ribas (PSDB), juntamente com o vereador Élcio José Melhém (PP), são responsáveis pelo pedido de investigação.
A comissão foi formada após uma articulação de movimentos feministas guarapuavanos, que ainda ontem (1), marcaram forte presença na Câmara para pressionar os vereadores do terceiro planalto a tomarem medidas sobre o caso. Na ocasião, houve manifestação de alguns membros da mesa. As mulheres da casa, vereadoras Maria José e Professora Terezinha, repudiaram a prática de atos de violência contra mulheres e, em uso da palavra, solicitaram que a Câmara apurasse o caso. Na mesma sessão, o vereador Élcio José Melhém (PP) manifestou, em sua declaração na Câmara, que o fato deveria ser representado, por escrito, com denúncia por parte da vítima, para que, a partir de então, fosse apurado, lançando dúvidas sobre ocorrências ou fatos levantados em redes sociais.
Em nenhuma das sessões realizadas até o momento, houve manifestação do vereador Samuca. À imprensa, ele também segue sem declarar-se sobre o caso.
O PROCESSO
Após a elaboração do boletim de ocorrência, o caso foi encaminhado à Delegacia da Mulher de Guarapuava. De acordo com a delegada titular da pasta, Ana Carolina de Miranda Castro, o caso será investigado a partir de três meios de provas: testemunhal, já que, a princípio, o crime teria sido cometido em frente à diversas pessoas que já foram identificadas; pericial, com base no laudo de corpo de delito elaborado do Instituto Médico legal (IML) após o registro do boletim de ocorrência; e, ainda, as imagens das câmeras de monitoramento.