22/08/2023
Cultura Em Alta Guarapuava

Câmara sedia exposição sobre a história colonial de Guarapuava

Exposição reúne 38 obras de Joaquim José de Miranda que retratam a expedição de Afonso Botelho no século XVIII

Exposição chega à Câmara de Guarapuava (Foto: DirCom)

A exposição ‘Do Contato ao Confronto: A Conquista de Guarapuava no Século XVIII’ está em cartaz no hall de entrada da Câmara Municipal de Guarapuava. Trata-se do resultado da parceria entre a própria Câmara, a Secretaria Municipal de Cultura de Guarapuava e o Instituto Histórico e Geográfico de Guarapuava (IHGG). A mostra reúne 38 obras do artista Joaquim José de Miranda, produzidas no final do século XVIII. As obras retratam, em formato de estampas ou telas, a expedição comandada por Afonso Botelho de Sampaio e Sousa nos chamados Campos de Guarapuava. Remontam entre 16 de dezembro de 1770 e 11 de janeiro de 1771.

De acordo com a Câmara, as obras representam, em ordem cronológica simbólica, o avanço da colonização portuguesa sobre o território, os encontros e confrontos com o povo indígena. Em especial o povo Kaingang e a constituição da presença europeia nos Campos.

Os quadros em exibição são réplicas das obras originais, que estão sob custódia do Museu Histórico Bradesco, em São Paulo. A prefeitura de Guarapuava e o IHGG firmaram acordo para a guarda compartilhada dessas réplicas e a promoção de exposições itinerantes. Conforme a Câmara, a mostra estará aberta à visitação até o dia 10 de dezembro, de segunda a sexta, das 13h às 19h.

CONTEXTO HISTÓRICO

A expedição de Afonso Botelho foi uma das várias enviadas pela capitania de São Paulo no século XVIII com o propósito de explorar e ocupar os “sertões” que hoje correspondem à região de Guarapuava e arredores.
A narrativa oficial de Botelho afirma que a missão era “abrir caminho, reduzir os povos indígenas ao comércio útil e à Igreja”,  expressão típica da mentalidade colonizadora da época.

Já as estampas de Joaquim José de Miranda, produzidas provavelmente entre 1770 e 1772, documentam visualmente esse trajeto. Embora com a estética e as limitações do período e são consideradas fonte valiosa para a história da região e para a reflexão sobre memória indígena e colonização.
Ao trazer para Guarapuava obras que narram sua própria origem colonial, o município reforça a identidade regional e estimula o diálogo sobre o passado.

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Cristina Esteche

Jornalista

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