22/08/2023


Geral

Campanha já mobilizou mais de 35 mil estudantes no Paraná

Pensar sobre a violência e sobre formas de enfrentá-la entre uma aula de Português e outra de Química. Debater com colegas de turma e professores seus direitos e os deveres. Refletir, em conjunto, sobre as consequências do bullying e de atitudes impulsivas. Ao longo deste ano, mais de 35 mil estudantes da Rede Estadual de Ensino puderam debater esses e outros temas em sala de aula, como parte das ações da Campanha Conte Até 10 no Paraná.

A campanha, criada pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e pela Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (ENASP), com o apoio da Secretaria Nacional de Justiça e do Conselho Nacional de Justiça, foi lançada, no Paraná, em novembro de 2012. Durante este ano, procuradores e promotores de Justiça se mobilizaram em todo o Estado, e promoveram mais de 300 encontros em escolas de aproximadamente 70 comarcas.

"Todos os colegas promotores merecem nossos melhores elogios. Foram além da expectativa da coordenação estadual, que teve apenas um papel secundário, de organizar e obter materiais de divulgação. Trabalhar com o jovem é muito gratificante e o retorno é algo extremamente motivador, de uma energia incrível: um sopro de amor à vida", ressaltou o promotor de Justiça Paulo Markowicz de Lima, coordenador estadual da Conte Até 10.

Não à banalização da violência – A "Conte até 10" visa reduzir a violência na sociedade e prevenir homicídios cometidos por impulso, que ocorrem em situações como brigas em bares, discussões no trânsito ou entre vizinhos. O alvo são os crimes que acontecem em função da banalização da violência, da falta de tolerância, da ação impensada no momento da raiva.

Nova etapa

Nesta próxima etapa, a Conte Até 10 trabalhará nas escolas públicas e privadas de ensino médio dos municípios com os maiores índices de mortalidade de jovens decorrente de homicídios, por meio de novas cartilhas com roteiros de aulas. Os educadores serão orientados a trabalhar o tema da violência sob o olhar da valorização da vida e da mudança de comportamento para enfrentar situações-limite.

Cristina Esteche

Jornalista

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