Cancer Center já conta com R$ 250 milhões de investimento coletivo

odacir Antonelli presidente do Conselho Gestor do Cancer center (Foto: Ascom/Câmara de Vereadores)

O complexo hospitalar orçado inicialmente em R$ 50 milhões, já aumentou cinco vezes esse valor. Portanto, já soma R$ 250 milhões em investimentos. Desse montante, R$ 175 milhões arrecadados pelo Conselho Gestor do Cancer Center, em Guarapuava. São recursos oriundos de emendas de vários parlamentares estaduais e federais, do Governo do Estado e da Câmara de Vereadores de Guarapuava, da comunidade, entre outras. Esses valores fazem parte da prestação de contas feita pelo presidente do Conselho, Odacir Antonelli, na sessão da Câmara de Vereadores nesta semana.

Dessa forma, a melhor definição sobre o Cancer Center de Guarapuava é construção coletiva. Afinal, o complexo especializado em oncologia reúne um Hospital do Câncer, a Radioterapia, a Quimioterapia e o Instituto para a Pesquisa do Câncer (IPEC). “Trata-se do empenho de autoridades e de políticos do Executivo, Legislativo e Judiciário e do engajamento da academia e de setores da sociedade civil organizada”, como informa Antonelli.

Administrado pelo Hospital Erasto Gaertner e pelo Hospital São Vicente, o prédio reúne os laboratórios de pesquisa genética e as cabines para a quimioterapia. Além da ala de atendimento, seis leitos de observação, sala de emergência e cinco consultórios. No primeiro andar ficam as instalações do IPEC, cuja missão é desenvolver pesquisa genômica e oferecer formação em medicina de precisão.

CONCEBIDO AOS POUCOS

O hospital e a radioterapia estão em construção. O primeiro será destinado ao atendimento de pacientes moderados e graves e terá 100 leitos, sendo 20 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), além de um centro cirúrgico. Entretanto, a radioterapia é inédita em Guarapuava e responde uma demanda antiga da população.

Como se vê, o Câncer Center foi concebido aos poucos. A ideia original previa ampliação do atendimento de quimioterapia do Hospital São Vicente de Paulo. De acordo com a Instituição o atendimento mensal passa por cerca de 10 mil pacientes em todas as especialidades. Sendo, 1,2 mil pacientes com câncer. Além da ampliação da quimioterapia, havia o desejo da construção de uma nova ala para radioterapia. Assim, o que nasceu no Centro como rascunho de modernização logo migrou para o bairro planejado Cidade dos Lagos.

O INÍCIO

Em 2008, o ex-deputado federal Cezar Silvestri conseguiu R$ 12 milhões do Ministério da Saúde. Todavia, esse recurso destinava-se ao início da construção do centro de radioterapia. Além disso, nessa mesma época o município ganhou acelerador linear dentro de um programa federal de expansão da oferta de equipamentos para tratamento contra o câncer. O prédio original do Vicente de Paulo é de 1913 e já não havia como contemplar tamanha ousadia.

Entretanto, o começo desta década marca a entrada do empresário Odacir Antonelli em cena. Ele é o presidente do Conselho Gestor do Cancer Center, grupo encarregado de colocar de pé as obras. Odacir doou o terreno no megabairro que reúne o Hospital Regional de Guarapuava, um shopping, um campus da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), e, futuramente, prédios executivos e outras clínicas médicas particulares.

Nesse ínterim, médicos do São Vicente de Paulo, liderados pelo cirurgião e professor David Livingston, se articularam com os provedores da unidade, autoridades, setor privado. Além da Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (ACIG) e a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). Surgiu então o instituto de pesquisa sobre o câncer, hoje em plena atividade.

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