Cerca de 350 atingidos ocuparam o canteiro da Usina Hidrelétrica do Baixo Iguaçu nesta segunda feira (09). Eles também paralisaram as obras para denunciar diversas violações de direitos cometidas no processo de implantação da barragem e pressionar para que avance o termo de acordo firmado em audiência pública no último dia 16 de agosto.
Um termo de acordo foi entregue ao governo do estado, ao governo federal, aos ministérios públicos estadual e federal e à empresa responsável pela obra. Há mais de 10 meses as famílias atingidas, cerca de 500, buscam informações através de reuniões e reivindicam os avanços nas negociações.
Segundo as famílias, as obras da hidrelétrica, que irá afetar os municípios de Capitão Leônidas Marques, Capanema, Realeza, Planalto e Nova Prata do Iguaçu nas regiões sudoeste e oeste do Paraná, foram iniciadas sem nenhum processo de consulta ou negociação entre os envolvidos e o Consórcio Geração Céu Azul, formado pelas empresas Iberdrola, Previ e Copel.
Aproximadamente 11 propriedades, localizadas entre os municípios de Capitão Leônidas Marques e Capanema, estão sendo utilizadas como canteiro de obras para tratores e máquinas da Odebrecht, empresa responsável pela construção da barragem. As famílias que vivem próxima ao local sofrem com a insegurança física, já que as detonações para abertura dos canais e valões são constantes, colocando em risco a vida das pessoas.