Caputo garante mais recursos para o São Vicente em Pitanga

+Único hospital de Pitanga acumula R$ 3,5 milhões em dívidas

A saúde pública no município de Pitanga ganha um novo fôlego nesta quarta feira (12). O secretário de Estado da Saúde Micheli Caputo assegurou o aumento do repasse mensal  ao Hospital São Vicente e mais R$ 500 mil para a construção do novo posto central de saúde.

O anúncio foi feito durante a reunião que aconteceu nesta quarta feira (12) entre o secretário, o prefeito Altair Zampier, o deputado estadual Artagão Junior e o diretor do Hospital São Vicente Antonio Carlos Prol Medeiros.

Caputo Neto se comprometeu em aumentar o repasse mensal em R$ 20 mil, referentes ao Programa de Apoio e Qualificação de Hospitais Públicos e Filantrópicos do Paraná (HospSus).

Outra garantia dada pelo secretário é o repasse de mais R$ 40 mil, através de convênio. “Vamos aguardar o plano de trabalho do hospital para que possamos liberar estes recursos”, afirmou.

Devido a questões jurídicas, foi decidido na reunião cancelar o convênio para reformar o Posto de Saúde Central. Em vez disso, garantiu o secretário, será repassado cerca de R$ 500 mil para a construção de uma nova unidade. “A questão do posto de saúde e do hospital São Vicente de Paulo já havia sido informada pelo deputado Artagão Júnior. Vamos nos esforçar para sanar estes problemas o mais rápido possível”, disse Caputo Neto. 

Criado há cerca de 70 anos pela Igreja Católica, o hospital de caridade enfrenta grave problema financeiro com um déficit mensal que gira em torno de R$ 70 mil a R$ 80 mil. O total é de cerca de R$ 3,5 milhões.

Com uma dívida junto ao Governo Federal e já negociada pelo REFIS (Programa de Recuperação Fiscal), no valor de R$ 1,3 milhão, o hospital paga parcelas de R$ 3 mil ao mês. Mas o que agrava o problema  são as dívidas contraídas junto a instituições financeiras e que custam ao hospital cerca de  R$ 35 mil por mês. Foram abertas contas em vários bancos e houve a utilização dos limites de cheques especiais, provocando o descontrole das dívidas que somam R$ 800 mil.

Com 91 leitos, a maioria do SUS (Sistema Único de Saúde), já que apenas seis leitos são reservados para pacientes de convênios e particulares, o hospital passa pela troca de diretoria depois que  uma  auditoria apontou  irregularidades na gestão do hospital.