22/08/2023
Segurança

CASO CARLI FILHO: Após 4 de março, mais 10 pessoas serão ouvidas

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Guarapuava – Aos poucos a Justiça vai definindo se o ex-deputado Fernando Carli Filho irá a júri popular ou não.
Após serem ouvidas 17 testemunhas de defesa e de acusação nos dias 4 e 5 de fevereiro o juiz da 2a Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, Daniel Ribeiro Surdi de Avelar marcou a terceira audiência para o dia 4 de março, às 13h30min.
Uma das quatro testemunhas de defesa de Carli Filho que serão ouvidas neste dia viu o acidente ocorrido no dia 7 de maio de 2009, que matou os jovens Gilmar Rafael Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, 20. A testemunha dirigia um carro que estava estacionado na esquina das ruas Monsenhor Ivo Zanlorenzi e Paulo Gorski, no bairro Mossunguê, onde a tragédia aconteceu.
Após a audiência de 4 de março ainda restam outras 10 pessoas para serem ouvidas. Ao contrário das quatro que participarão da nova audição, nenhuma delas moram em Curitiba. Cinco moram em São Paulo, uma em Campo Grande (MS), outra em Cuiabá (MT), uma em Guarapuava (Bernardo Carli), uma em Florianópolis (SC) e outra em Joinville (SC).O juiz, porém, ainda não determinou a data dos novos depoimentos.
A Rede Sul de Notícias entrou em contato com o advoado de defesa do ex-deputado, Roberto Brezezinski nesta quinta-feira pela manhã, mas segundo a secretária, ele estava em reunião e não pode atender a ligação.
Já o advogado que é assistente da acusação, Elias Mattar Assad, disse que vai encaminhar uma petição ao juiz, amanhã, sexta-feira (19), para que Carli Filho compareça ao Tribunal nesta próxima audiência e seja interrogado. O advogado disse que deseja prevenir futuros problemas. “Em uma eventual condenação, um novo advogado de defesa pode ser contratado e alegar que o processo é nulo, pois o acusado não esteve cara a cara com o juiz e isso o prejudicou”, explica. “O réu tem que estar na frente do juiz, nem que seja para ele dizer que não lembra de nada ou que não quer se declarar”, afirmou Mattar Assad.
Fernando Carli Filho é réu por ter provocado a morte de Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo de Almeida na madrugada de 7 de maio do ano passado. Ele dirigia um Volkswagen Passat de cor preta e bateu contra um Honda Fit de cor prata onde estavam as duas vítimas fatais.
Carli Filho dirigia ilegalmente, pois tinha 130 pontos na carteira de habilitação, estava em alta velocidade e bêbado.
No dia 29 de maio, Carli Filho renunciou ao cargo de deputado estadual. O único depoimento prestado pelo ex-deputado até agora foi dado à polícia no apart hotel onde estava hospedado em São Paulo no dia 9 de junho. À única coisa que Carli Filho disse é que não se lembrava de nada do acidente.
Após três pedidos de prorrogação de prazo, o delegado Armando Braga de Moraes concluiu o inquérito e indiciou Carli Filho por duplo homicídio com dolo eventual. Foi no dia 11 de agosto de 2008.

Cristina Esteche

Jornalista

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