O processo que investiga a morte do jovem turvense Saulo Filipin Prestes, 21 anos, ocorrida em 23 de julho de 2016, no Centro da cidade, terá nesta quinta feira (21), a primeira audiência no Fórum da Comarca de Guarapuava.
A partir das 13h30, 16 testemunhas, sendo oito de acusação e oito de defesa deverão falar ao juiz Adriano Scussiatto Eyng sobre o fato ocorrido há quase três anos, na Rua Otto Rickli, durante a madrugada. De acordo com o advogado criminalista Marinaldo Rattes, que defende a família de Saulo, o processo tramita na 1ª Vara Criminal de Guarapuava.
Neste caso, o policial militar Toni Silvério Muniz Júnior é acusado pelo Ministério Público (MP) pelo crime de homicídio doloso (quando há a intenção de matar) contra o jovem após efetuar o disparo de arma de fogo em direção à vítima. Seu interrogatório também deve ocorrer na tarde desta quinta feira. Ele responde pelo crime em liberdade.
A denúncia oferecida pelo MP discorda da conclusão entregue pelo delegado de polícia Bruno Maciozek, da 14ª Subdivisão Policial (SDP) que na conclusão do inquérito classificou o fato como homicídio culposo (quando não há a intenção de matar). O oferecimento da denúncia à Justiça, por parte do MP, ocorreu em dezembro de 2018. Agora, quase quatro meses depois, inicia-se a fase de oitivas das testemunhas.
O CASO
Saulo foi morto na madrugada de 23 de julho de 2016, por volta da 1h na Rua Otto Rickli, no Centro de Turvo. De acordo com o MP, o policial agiu dolosamente ao efetuar o disparo de arma de fogo em direção à vítima.
Saulo dirigia o veículo VW/Gol, de cor vermelha, quando o policial, que estava fardado, disse que viu um carro “fazendo manobras perigosas” e pediu que o motorista parasse. Porém, segundo o autor dos disparos, Saulo deu marcha a ré em sua direção.
Imaginando que seria atropelado, Toni Silvério contou que deu voz de abordagem gritando “parado, polícia’’, disparando um primeiro tiro de alerta em direção ao solo. Em seguida, de acordo com o MP, o policial colocou um dos pés sobre o para-lama do carro da vítima, momento em que o segundo disparo foi efetuado, atingindo a vítima na cabeça, levando-o à morte.