22/08/2023
Cotidiano

Católicos celebram 100 anos de nascimento de D. Frederico

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Hoje, 2 de maio, dia do nascimento do primeiro Bispo Diocesano de Guarapuava é realizada a abertura solene da exposição “Centenário de Nascimento de Dom Frederico Helmel”, às 20 horas, no Centro de Artes e Criatividade Iracema Trinco Ribeiro.

Uma celebração especial, na nova Catedral, será realizada antes da abertura da exposição, que ficará à disposição do público até dia 20 de maio. O horário de visitação é das 9h30 às 11h30 e das 13 às 17h30. O Centro de Artes fica na rua Marechal Floriano Peixoto, ao lado da nova Catedral.

 

Dentro da programação do centenário de nascimento de Dom Frederico Helmel foi realizada uma sessão solene na Câmara de Vereadores, na sexta-feira (29)

Amigos e pessoas que conviveram com o sacerdote, que esteve frente à Diocese de Guarapuava por 20 anos (de 1966 a 1986), estiveram presentes para também prestar homenagem ao centenário. Entre elas, Dom Giovanni Zerbini e o ex-prefeito Cândido Pacheco Bastos.

A sessão solene foi presidida pelo vereador João Carlos Gonçalves, o João Napoleão, que lembrou da trajetória de evangelização e dos feitos do religioso. Ajudaram a compor a mesa o bispo diocesano Dom Antonio Wagner da Silva, Nivaldo Passos Krüger e Jorge Luis Massaro.

O vereador Gilson Amaral falou em nome da Câmara de Vereadores e leu o discurso de Dom Frederico ao receber da Câmara de Vereadores o título de Cidadão Honorário, em 1982: “Aqui nesta cidade, no meio deste povo, eu me sinto em casa”, foram algumas das palavras de agradecimento.

O vereador João Carlos Gonçalves, o João Napoleão, afirmou que a sessão solene lembra um homem que pela força do destino veio parar em Guarapuava. “Um homem visionário, onde já na época de 60 e 70 teve um trabalho social extraordinário, pensando sempre nos mais necessitados. Realmente, Dom Frederico foi um homem que nós políticos e a comunidade temos que lembrar sempre por tudo que ele fez e se doou por nossa cidade. Um verdadeiro pastor que tinha uma maneira especial de tratar a todos, em especial, os mais carentes”, frisou.

Para João Napoleão, uma resposta a suas atuações foi a troca do nome da Vila Concórdia para bairro Dom Frederico Helmel: “ele doou na época aqueles terrenos da igreja ao Executivo, então foi mais que merecido colocar o seu nome no local, assim, foi aprovado por unanimidade, e mesmo com o veto do prefeito, o Legislativo o derrubou e sancionou a lei”.

Nivaldo Passos Krüger, um dos ex-prefeitos que teve a oportunidade de conhecer e se aconselhar com Dom Frederico, afirmou que a homenagem é justa, por ele ter sido um homem tão importante na vida do nosso povo: “tinha uma visão social profunda e, além de tudo, era uma pessoa muito alegre”. Quando citou a alegria e a sociabilidade do bispo, Nivaldo, com sorriso no rosto, recordou de uma passagem: “ele me chamava sempre de senhor prefeito e certa vez eu disse: eu sou apenas uma ovelha do seu rebanho, e ele respondeu: ‘que bom, agora eu sei que tenho uma ovelha negra’”.

Para o bispo diocesano Dom Antonio Wagner da Silva foi uma noite especial, porque lembra da personalidade e da atuação de Dom Frederico em toda a região. “Realmente uma presença forte e significativa de quem trouxe a Guarapuava uma visão diferente. Podemos dizer que esta sessão solene nos dá alegria e força para poder levar adiante aquilo que ele começou e nos indicou o caminho, que serve de exemplo para todos nós”, enfatizou.

Padre Acácio disse que a noite repercutiu muito bem no meio eclesial e em toda diocese, porque é o reconhecimento que Dom Frederico exerceu a caridade: “dentro da caridade ele pode realizar várias ações e hoje podemos colher todos os seus frutos”. O padre contou que teve a graça de conhecê-lo, junto com sua família, quando tinha 16 anos de idade na comunidade de Nova Tebas. “Fui acolhido no seminário como um filho, porque o carinho dele era muito grande por nós. São tantas as contribuições dele na minha formação que eu demoraria aqui horas relatando todas. Para mim foi um grande pai, um pai espiritual, um modelo de vida”, completou.

 

Por Andréa Alves 

Cristina Esteche

Jornalista

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