Católicos celebram 60 anos de sacerdócio do Padre João Rocha

Neste domingo (14) a comunidade católica de Guarapuava viverá um momento especial com a celebração dos 60 anos de sacerdócio do padre João Rocha, na entrada ao Colégio Agrícola. Trata-se de um espaço espiritual que o próprio sacerdote fundou durante a atuação na Diocese de Guarapuava.

Nascido em 17 de março de 1941, na aldeia de Festiona, na região da Occitânia, o padre João construiu uma trajetória marcada pela diversidade cultural e linguística. Italiano de origem e guarapuavano de coração, ele cresceu em um ambiente poliglota. Isso porque conviveu com diferentes idiomas e tradições, experiência que influenciou a visão humanista e pastoral do sacerdote.

De acordo com a Diocese de Guarapuava, ao longo de seis décadas de ministério, ele desenvolveu intensa atividade missionária, demonstrou sensibilidade pastoral. E produziu vasta obra intelectual e dedicando-se profundamente à espiritualidade cristã. Autor de mais de 30 livros publicados no Brasil, na França e na Itália, integra a Academia de Letras, Artes e Ciências de Guarapuava (ALAC) e a Academia Marial de Aparecida, em reconhecimento à contribuição à Mariologia.

Padre João Rocha (Foto: Diopuava)

Conforme Padre JoãoRocha, a vocação surgiu ainda na infância. Aos 12 anos, ingressou no seminário menor, etapa que considera fundamental para a formação humana e espiritual. Aos 18 anos, iniciou os estudos no seminário maior da Diocese de Cúneo, na Itália. Um ambiente fortemente influenciado pelo Concílio Vaticano II e pela experiência da Igreja francesa. Aos 24 anos, recebeu a ordenação sacerdotal e assumiu as primeiras paróquias na fronteira entre a Itália e a França.

NO BRASIL E EM GUARAPUAVA

Atendendo ao chamado missionário do Papa São Paulo VI, de acordo com a Diocesa, ele chegou ao Brasil em 15 de novembro de 1968. No país, criou diversas comunidades que mais tarde se transformaram em paróquias, entre elas São Francisco de Assis, São Pedro, São Miguel, São Lucas, Jardim Paranaense, Santo Antônio Maria Claret e Visitação.

A relação com Guarapuava começou em 1991, após convite de Dom Albano Cavallin. No ano seguinte, fundou o Santuário da Divina e Trina Ternura, concebido como centro de espiritualidade, contemplação e formação para a diocese. Atualmente, co firme a Diocese, reside na Casa de Retiro Nossa Senhora do Rocio (Tapera), onde dedica o ministério à condução de retiros e à direção espiritual, depois de aprofundar estudos em psicologia, mística e hagiografia em Roma, nas universidades Gregoriana e Teresianum.

Santuário Divina e Trina Ternura (Foto: Diopuava)

Ao olhar para os 60 anos de ministério, o sacerdote expressa gratidão e serenidade. Portanto, a celebração deste domingo oferece à comunidade guarapuavana a oportunidade de reconhecer, com afeto e comunhão, um pastor que marcou profundamente a história religiosa e cultural da região.

Afresco (Foto: Diopuava)

Entre os legados desse sacerdote, destaca-se a obra de arte presente na capela da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). De acordo com informações, o padre João inspirou teologicamente o afresco, e a artista guarapuavana Sílvia a executouo. A obra sintetiza o cristianismo ao unir adoração e serviço, traduzindo em arte a espiritualidade que orientou a vida e a missão do sacerdote.

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