O Hospital Evangélico de Curitiba confirmou nesta terça-feira (5) que mais de 200 cirurgias eletivas que estavam marcadas tiveram de ser canceladas devido a problemas decorrentes das investigações sobre mortes em uma das UTI do local. O superintendente do Evangélico, Rogério Kampa, diz que o problema ocorreu porque três anestesistas que foram presos ainda não tiveram a vaga reposta.
A Polícia Civil entregou o inquérito de mais de mil páginas ao Ministério Público do Paraná na noite de segunda-feira (4). A partir desta terça (5), até segunda-feira (11), o órgão analisa o caso para decidir se ingressa com uma ação contra a médica Virgínia Soares Souza e outros quatro funcionários do hospital que tiveram mandado de prisão decretado.
Entre estes funcionários estão os três médicos anestesistas, cuja ausência motivou o atendimento exclusivo de cirurgias de emergência, segundo o hospital. O superintendente Kampa nega que a suspensão das cirurgias eletivas tenha relação com uma “operação padrão” de protesto dos demais funcionários. “Os nossos anestesiologistas funcionam dentro das normas padrão exigidas pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Com a falta de três profissionais, houve uma queda no número de atendimentos”, justificou.
Segundo o superintendente, os funcionários devem ser repostos ainda nesta terça (5), com objetivo de normalizar os atendimentos. “Nós temos que achar mais anestesiologistas que se exponham a trabalhar, repactuar isso com o grupo interno”, explicou. Ainda de acordo com Kampa, as cirurgias eletivas já começaram a ser remarcadas.