22/08/2023
Cotidiano Guarapuava Região

Colégio Agrícola de Guarapuava pode ter uma cooperativa

O governador Ratinho Junior assinou um decreto que regulamenta as cooperativas-escolas nos Colégios Agrícolas, incluindo o de Guarapuava

Colégio Agrícola de Guarapuava se tornará cooperativa (Foto: Reprodução/Facebook)

O tradicional Colégio Agrícola de Guarapuava pode agora se transformar em uma cooperativa. Isso porque o governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta terça (6) um decreto para regulamentar a Lei Estadual 21.554/2023. A legislação estrutura o funcionamento das Cooperativas-Escolas nos 23 colégios agrícolas e dois florestais que compõem a rede estadual de ensino. Incluindo assim, o Centro Estadual de Educação Profissional Arlindo Ribeiro, e os colégios da Região como o de Irati e Manoel Ribas.

Na prática, a cooperativa-escola será uma pessoa jurídica sem fins lucrativos. Podem participar os alunos regularmente matriculados na instituição de ensino, professores e entidades vinculadas. Assim, os alunos terão uma experiência educativa, em benefício dos associados e da instituição de ensino.

Conforme o governador Carlos Massa Ratinho Junior, o modelo implementado no Paraná é inédito no Brasil. A medida garante que os colégios agrícolas sejam financeiramente autossustentáveis e tenham mais autonomia e eficiência administrativa.

Com as cooperativas, os colégios agrícolas vão poder transformar a produção excedente em um negócio rentável, cujos recursos serão aplicados na melhoria das próprias instituições.

FORMAÇÃO DOS ALUNOS

Outro benefício destacado pelo governador é o caráter mais completo de formação dos estudantes. Eles vivenciarão práticas empresariais, desenvolvendo de habilidades empreendedoras e técnicas para enfrentar os desafios do mercado agrícola. Assim como terão uma abordagem que valoriza a sustentabilidade e a responsabilidade socioambiental.

REGULAMENTAÇÃO

O novo decreto estadual determina as diretrizes como um cronograma para implementação do Estatuto Social, elaboração de contratos e convênios de cooperação técnica. Além disso, deverão ocorrer as capacitações sobre cooperativismo às equipes internas, criação de conselhos administrativo e fiscal. Assim como haverá o planejamento de comunicação, aplicação e execução de recursos financeiros, com prestação de contas das unidades para a Secretaria da Educação.

Ademais, também no caso dos trâmites dos processos licitatórios para aquisição de remédios e defensivos, pois as próprias cooperativas vão fazer a gestão. Já a obtenção do Cadastro de Produtor Rural (CAD/PRO), documento necessário para a aquisição de insumos para atividades ligadas ao campo, também será facilitada.

Dessa forma, as escolas poderão comercializar o excedente da produção agropecuária, gerando receita que deverá ser obrigatoriamente reaplicada nas próprias instituições de ensino. Até então, parte da produção, como grãos e hortaliças, era consumida pelos alunos. Mas antes, o restante do grande volume não podia ser vendido devido à ausência de uma legislação específica.

De acordo com o coordenador dos Colégios Agrícolas da Secretaria da Educação, Renato Gondin, a nova estrutura de funcionamento permitirá que os alunos tenham uma vivência mais ampla e autônoma.

Cada colégio passa a ter um CNPJ, com uma cooperativa de estudantes dentro da instituição, em que também participam pais, professores e funcionários, que por meio de assembleias vão tomar as decisões que definirão o futuro das instituições.

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Vallery Nascimento

Jornalista

Jornalista formada desde 2022 pelo Centro Universitário Internacional - Uninter. Além do amor pela comunicação, ela também é graduada em Letras com habilitação em inglês. Apresenta o Giro RSN de segunda a sexta, às 18h nas redes sociais do Portal RSN.

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