Foto: Reuters/20 fevereiro/Kiev
A Comunidade Ucraniana de Guarapuava e região se sensibilizaram com os protestos que acontecem na Ucrânia desde novembro do ano passado e que se intensificaram no início de fevereiro. As manifestações, que já deixaram pelo menos 77 mortos e mais de 600 feridos em Kiev, capital da Ucrânia, começaram quando o ex presidente Viktor Yanukovych, deposto na semana passada, rejeitou um acordo com a União Europeia em novembro, preferindo uma aproximação comercial com a Rússia.
Para o Padre Hilário da Igreja Ucraniana de Guarapuava, o ex presidente, que está com o paradeiro desconhecido, tem que ser encontrado para pagar pelos seus crimes, principalmente de assassinato em massa. “Nós apoiamos o movimento na Ucrânia porque o povo está lutando pelo melhor. A nossa relação com a Rússia nunca foi boa”.
Apesar da distância, o padre ressalva que os laços parentais com o povo ucraíno intensificam o apoio da comunidade local com os movimentos no país. “Nós com certeza temos parentes na Ucrânia e isso nos intensifica a apoiá-los. Mesmo não sendo presente, oramos para que tudo termine bem”.
Contudo, a comunidade de Guarapuava não é a única envolvida indiretamente com a crise na Ucrânia. Moradores de Prudentópolis, inclusive, estão na Ucrânia desde a intensificação das manifestações em fevereiro. “Meu irmão foi para Ucrânia a passeio e negócios e acabou chegando lá bem na hora que estouraram de vez as manifestações. Ele está na cidade de Lviv e pretendia ir à Kiev esta semana”, conta Alice Beló, irmã do secretário de planejamento Dirceu Beló. “Apesar da crise, ele me contou que os ânimos começaram a se acalmar por lá. Nós apoiamos as manifestações porque sabemos que o povo não quer voltar a sofrer como já aconteceu tanto tempo atrás”.