A comunidade do Colégio Estadual Francisco Carneiro Martins se posiciona contra a privatização. A reunião que apresenta o programa Parceiro da Escola ocorrerá hoje (26) às 19h no colégio. Profissionais que trabalham na escola, publicaram um vídeo nas redes sociais do colégio convidando pais e alunos para participarem da reunião e conhecerem o projeto. No entanto, alunos e professores já estão se posicionando contra.. O post foi feito ontem e já tem comentários como “Votem >NÃO< para o Projeto Parceiros da Escola!!! Não vamos deixar que entreguem nossos dinheiro público para que um empresário possa lucrar em cima disso! Dinheiro público é pra educação pública! Se tem dinheiro pra empresário também tem pra educação”
Os integrantes do App Sindicato Guarapuava publicaram um vídeo nas redes sociais com frases como “O Governo do Paraná quer vender a escola do seu filho”, “Não venda a minha escola”, “Diga não à privatização” e “Diga não ao programa Parceiros da Escola”. Além disso, também fizeram postagens com fotos das quatro escolas estaduais de Guarapuava e escreveram na legenda “Não deixe o Ratinho Júnior vender”.
A reunião para conhecer o projeto ocorre hoje. Porém, somente na próxima sexta (6) é que ocorrerá uma votação para que a comunidade escolar decida se aceita ou não o novo modelo de gestão. Apenas pais ou responsáveis legais e alunos com mais de 18 anos poderão votar.
A agenda de reuniões nas escolas é a seguinte: Hoje (26), às 19h, Colégio Francisco Carneiro Martins, amanhã (27), às 19h, Colégio Cristo Rei, quinta (28), às 8h, Colégio Antônio Tupy Pinheiro e por fim, também na quinta (28), às 13h, Colégio Liane Marta da Costa. Essas reuniões têm como objetivo esclarecer dúvidas dos pais e alunos e defender a aprovação da proposta do governo Ratinho Júnior.
O QUE É O PROJETO?
O modelo do Parceiro da Escola prevê a transferência da administração das escolas para uma empresa privada. A empresa será responsável por tarefas como a merenda escolar, limpeza do prédio e pequenos reparos, funções que atualmente são executadas pelo diretor. Além disso, a empresa será encarregada de contratar funcionários e professores temporários, que, ao invés de serem contratados via Processo Seletivo Simplificado (PSS), serão contratados pela empresa como CLT.
Apesar da contratação de professores pela empresa, o Governo do Estado argumenta que não haverá interferência no planejamento pedagógico das escolas. No entanto, parte da comunidade escolar contesta essa afirmação. As controvérsias sobre o projeto chegaram ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR), que solicitou a suspensão do edital de contratação até que o governo esclareça pontos sobre o uso mais eficaz dos recursos públicos.
Além disso, tramita na Justiça Estadual um processo movido pelo APP Sindicato, questionando o decreto que estabelece as regras para a consulta à comunidade. Entre os pontos contestados estão a exclusão de alunos de 16 e 17 anos do direito de votar, mesmo que possam votar nas eleições gerais. O quórum mínimo é de 50% para validar a consulta. Caso a quantidade de votantes não atinja esse número, a consulta será invalidada.