22/08/2023
Segurança

Comunidade pede segurança pública no Xarquinho

imagem-102036

Da Redação

Guarapuava –  A comunidade do Industrial Xarquinho, bairro com cerca de 18 mil moradores, em Guarapuava, está pedindo segurança pública. Para lideranças comunitárias a presença constante de viaturas e a implantação de um módulo policial poderiam coibir a violência entre as três gangues que se exterminam  entre si e que já prejudica os moradores. Nos últimos dias, quatro jovens foram baleados e um deles morreu dentro do ônibus do transporte coletivo urbano, por volta das 12 horas, horário de pico.

“Precisamos que as autoridades instalem um módulo policial. Estamos com medo de trazer nossos filhos para a escola”, disse Maria Elza Ribeiro, de 48 anos. Ela mora na Vila Feroz, no outro lado da PR 466, mas seus filhos estudam na escola do Xarquinho.

Para André Luis, do Grupo de Jovens Ignus Sancto, da Renovação Carismática Católica (RCC), o bairro é composto principalmente, por famílias, pessoas que estudam, que trabalham e que se sentem amedrontados com a atual situação. “Estamos com medo de ir para a escola a noite. Estamos com medo de voltar para casa após o trabalho e  ninguém faz nada. Não temos viaturas policiais nesses horários”, reclama.

Elvis Roveda mora no bairro há três anos. Veio de São Paulo e para ele a busca pela melhoria da qualidade de vida se transforma em pesadelo. “Morar na favela em São Paulo é mais seguro do que viver no Xarquinho. Lá o PCC não deixa acontecer esse tipo de guerra infantil que acontece aqui onde se mata à toa”. Elvis é coordenador do Grupo de Jovens Ignus Sancto (Fogo Santo), da RCC, na Paróquia São Pedro e São Paulo. Para ele, a ausência de políticas públicas gera a falta de perspectivas para os jovens. "O que está acontecendo aqui é a falta de perspectivas, de políticas públicas. Os jovens se sentem discriminados e se revoltam gerando essa violência toda", pondera.

O vice presidente da Associação de Moradores do Xarquinho, Joel dos Santos Barbosa, faz coro às reclamações. “Precisamos de segurança pública, mas não estamos sendo ouvidos. Há um descaso, porque se quisessem fazer algo já teriam feito. O bairro está dividido. Cada gangue tem o seu território e eu moro bem no meio, na Faixa de Gaza”, compara.

A Rede Sul de Notícias tentou contato com o comando da Polícia Militar nesta terça feira (03). Como os policiais trabalharam no Dia do Funcionalismo Público, a compensação está sendo feita hoje. Portanto, não há expediente no 16o Batalhão da Polícia Militar, segundo informou o plantonista.

 

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.