O conflito entre as reservas indígenas de Serrinha, em Pitanga, e Ivaí, de Manoel Ribas, se agravou. Nesse fim de semana, cerca de sete pessoas foram recapturadas pelo cacique de Ivaí. Os indígenas encontravam-se numa área particular em Pitanga, ocupada por dissidentes que estavam alojados numa escola municipal em Pitanga. Ou seja: hoje somam três comunidades indígenas, duas delas, no município.
De acordo com o prefeito Sargento Moraes, os indígenas que quiseram sair da área irregular e retornar para Ivaí sofreram as sanções da lei própria dessa reserva. Eles foram levados com os pés e as mãos amarrados. Ocorre que o ‘cacique’ da reserva Serrinha, que também ‘tutela’ os membros da ocupação irregular, registrou ocorrência junto à delegacia das polícias civil e federal, denunciando suposto sequestro. No entanto, já em Ivaí e liberados, os indígenas não quiseram retornar à ocupação.
Em entrevista ao Portal RSN, ‘Sargento Moares’ disse que essa situação está “sufocando” o município. Isso porque, segundo ele, além do conflito indígena, nessa área particular existem também pessoas não indígenas que chegaram ao local e se instalaram. “Ao todo já são mais de 300 pessoas, muitas das quais, não são indígenas, que dependem de saúde, educação e, principalmente, da assistência social.” O prefeito cobra a responsabilidade da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). “Até agora a Funai não se manifestou e o município não aguenta mais arcar com esse ônus.”
FUNAI
O Portal RSN contatou a Funai em Curitiba. Lá repassaram o contato de Guarapuava. Embora tenha dito que a Fundação está ciente do fato ocorrrido no fim de semana e que está fazendo reuniões, as informações não passaram disso. Em Brasília, o número da Assessoria de Comunicação nem tocou, assim com o número para contato direto. Nem o e-mail enviado para a Ascom da Funai foi respondido até a publicação desta reportagem.
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