22/08/2023
Guarapuava

Continua o impasse sobre Provisória do PMDB

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Da Redação

Guarapuava – Após cerca de quatro horas de audiência no Cartório Eleitoral de Guarapuava, ainda não há uma definição sobre a Comissão Provisória do PMDB no município.

O juiz da 43ª Zona Eleitoral, Bernardo Fazolo Ferreira, deverá dar o parecer final decidindo qual composição será a válida: se o grupo liderado pelo ex-prefeito Nivaldo Kruger ou se a nova constituição, indicada pelo Diretório Estadual do PMDB, e presidida pelo advogado Ramon Barbosa e Silva.

De acordo com o peemedebista Cândido Pacheco Bastos, a nova provisória alega Kruger tinha pedido a destituição da diretoria sob a sua liderança. “Isso não aconteceu”, afirma.

A polêmica começou durante assembleia ordinária do Diretório Estadual quando Kruger chamou para si o que chamou de reorganização do PMDB, com a promessa de viabilizar candidatura a prefeito e chapa de vereadores. Foi assim que o fundador do partido ganhou a comissão também pleiteada pelos vereadores Cleto Tamanini (PTC) e Geraldo Pacheco Barbosa (PT). Os dois saíriam dos respectivos partidos para ingressarem nas fileiras peemedebistas, o que não aconteceu.

O grupo de Kruger tinha 90 dias para “oxigenar” o partido e viabilizar as candidaturas. Porém, houve uma composição de apoio à reeleição do prefeito Cesar Silvestri Filho (PPS) com a exigência de indicar o candidato a vice. É aí que entra a intervenção estadual, a destituição de uma e a composição de outra Comissão Provisória.

Veio o dia da convenção municipal. “Impediram a nossa entrada, colocaram guardas na porta de um evento democrático”, diz Nivaldo Kruger. Peemedebistas a ele ligados se reuniram numa barbearia no mesmo prédio da convenção original e outro encontro político foi realizado e lavrado em ata. Enquanto uma convenção definia o apoio ao médico Dr. Antenor (PT), outra, mantinha a decisão de apoio a Cesar Filho.

Entre recursos, o Diretório Nacional, presidido por Romero Jucá, entretanto, reconheceu a validade da Comissão presidida por Nivaldo Kruger, embora a decisão final tenha sido remetida ao juiz Bernardo Fazolo Ferreira, na audiência dessa quarta (14).

A RSN tentou acompanhar a audiência  porém, foi impedida de entrar. Foram vários depoimentos dos dois lados, incluindo o deputado federal João Arruda e o ex-parlamentar Caíto Quintana.

Segundo Kruger, durante os depoimentos, a outra parte alegou que assinaturas contidas no documento do Diretório Nacional são falsas. “Já tem uma pessoa em Brasília reconhecendo firmas das assinaturas”, disse Kruger. A RSN tentou desde ontem o contato com Ramon, porém, sem êxito. No Diretório Estadual não há informações sobre o fato.

Se a decisão for favorável a Kruger, Cesar Filho ganha mais de um minuto de tempo nos programas de rádio e TV e a chapa proporcional o PMDB coligará com o PPS. Caso, contrário, se mantém como está, ou seja, alguns candidatos a vereador continuam com Dr. Antenor e o tempo da propanda gratuita segue sem alterações.

Cristina Esteche

Jornalista

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