22/08/2023
Guarapuava

Convenção a portas fechadas é antidemocrático, diz Nivaldo Kruger

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Cristina Esteche

Guarapuava – A convenção realizada a portas fechadas pela Comissão Provisória do PMDB, em Guarapuava, neste sábado (30), pode resultar na nulidade do processo (LEIA AQUI).

Realizada numa das salas do prédio onde está localizada a sede do Partido dos Trabalhadores (PT), já na entrada um aviso postado na porta dava conta que a entrada era permitida apenas aos convencionais. Dois seguranças estavam em frente a porta de entrada.

“Em 55 anos de vida pública nunca vi uma coisa dessas”, disse o ex-prefeito Nivaldo Kruger. Ele observa que convenção é um evento público, portanto, aberto.

“Foi feito convite para que as pessoas participassem e aí colocam seguranças para que impeçam a entrada. Nem clube de futebol faz reunião com portas fechadas e eu estava com meus companheiros e não entraria sozinho deixando eles pra fora. Somos todos do PMDB”.

Classificando a atitude como arbitrária e antidemocrática, Nivaldo Kruger e demais peemedebistas considerados históricos, estavam de posse de uma liminar do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), concedida na noite dessa sexta (29).

Segundo Kruger, no documento o desembargador reconhece a nulidade do ato do senador Roberto Requião em destituir e nomear nova Comissão Provisória, além de determinar que os peemedebistas autênticos tinham livre acesso e prioridade na pauta da convenção.

A deliberação seria pela coligação e indicação do candidato a vice na chapa de Cesar Filho à reeleição. E é justamente esse o ponto da divergência entre peemedebistas antigos e os neo-peemedebistas que preferem coligar com o médico Antenor Gomes de Lima (PT).

“Eles [grupo liderado pelo advogado Ramon Barboza e Silva] estavam em cinco lá dentro e nós que estávamos em maior número fomos barrados por seguranças. Isso é um retrocesso, uma regressão na política de Guarapuava”.

Segundo Nivaldo Kruger, toda essa situação já está registrada em cartório.

“A opinião geral é de que essa convenção que eles [Comissão Provisória] fizeram é nula”.

Cristina Esteche

Jornalista

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