quarta-feira, 26 de mar. de 2025
Agronegócio Cotidiano Paraná

Convênio potencializa saberes tradicionais e sustentabilidade

Convênio de R$ 1 milhão, da Itaipu, pretende resgatar e potencializar o uso de plantas medicinais e plantas alimentícias não convencionais

Deputado Elton Verter, Terezinha Aparecida Furlan Valiati, Enio Verri e Carlos Carboni (Foto: William Brisida/Itaipu Binacional)

A tradição das plantas medicinais, transmitida por gerações, está no coração de um novo projeto que une saberes ancestrais e inovação. Um convênio de R$ 1 milhão, assinado na Vitrine Tecnológica de Agroecologia (Vital), tem como objetivo resgatar e potencializar o uso de plantas medicinais e plantas alimentícias não convencionais (Pancs).

A assinatura do convênio ocorreu no Show Rural Coopavel, em Cascavel entre a Itaipu Binacional e o Centro Popular de Saúde Yanten. Com vigência de dois anos, de acordo com a Itaipu, o projeto vai atingir estudantes, professores, agricultores familiares e populações vulneráveis. Trata-se de moradores nos municípios de Medianeira, Serranópolis, Foz do Iguaçu, São Miguel, Missal, Matelândia e Santa Terezinha de Itaipu.

De acordo com Enio Verri, diretor-geral da Itaipu no Brasil, o cultivo de Pancs exige pouco espaço. “Possui demanda mínima de atenção e oferece um retorno financeiro significativo, especialmente quando associado a cooperativas ou associações para exportação”. Carlos Carboni, diretor de Coordenação da Itaipu, lembrou que “quando falamos em saúde, pensamos em alimentação, e as ervas medicinais desempenham um papel importante nesse processo”.

O PROJETO

Com foco no desenvolvimento sustentável, o projeto vai fortalecer a autonomia das comunidades por meio do uso consciente das plantas medicinais e Panc’s. Assim sendo, promove a preservação do conhecimento tradicional e combate a padronização dos hábitos alimentares e de saúde. O resgate da biodiversidade como fonte terapêutica e alimentar é um dos pilares da iniciativa.

De acordo com o projeto, a partir de março, ocorrerão oficinas práticas de cultivo e utilização dessas plantas. As atividades também buscarão diminuir o uso excessivo de tecnologias. Trata-se do incentivo a um contato mais direto com a natureza e potencialidades desta.

Além disso, o projeto vai capacitar a comunidade em fitoterapia, uma alternativa natural para o controle de doenças e pragas, com apoio de especialistas. As oficinas incluirão a formação de jardins medicinais, capacitação de educadores em saúde, cultivo de Panc’s, visitas técnicas e a criação de materiais educativos.

Leia outras notícias no Portal RSN.

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.