22/08/2023
Cotidiano

Convites para o show do Kundun já estão esgotados

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Já estão esgotados os convites disponibilizados pela Unicentro para o show de abertura do Festival da Arte Folclórica na noite desta segunda-feira (30) quando o Kundun Balê mostra o espetáculo Acorda Raça, às 20 horas. O Kundun estreia em Guarapuava depois de se aprseentar em Palmas e em Castro.

Contemplada com o I Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afrobrasileiras patrocinado pela Petrobras, com a realização do Centro de Apoio ao Desenvolvimento (CADON) em parceria com o Ministério da Cultura e Fundação Palmares, a Companhia quilombola leva para o palco o “Acorda Raça!”, um show descontraído, onde a performance dos bailarinos e a energia que emana do palco deixa o público extasiado.
Em 1h5 de espetáculo o Kundun Balê, ou Aquele que Realiza, na língua Conde, traça uma analogia entre figuras africanas e ícones do folclore brasileiro. A intenção na proposta do show é de mostrar que cada ser humano é capaz de fazer, de dançar, de tocar, de criar, de descobrir o seu próprio talento a partir do momento que assume o desejo de superação, de visualizar uma meta e correr atrás dela. Por isso, o Kundun Balê busca a prática dessa teoria no exemplo legado por seus ancestrais que mesmo escravizados contribuíram de forma significativa para o desenvolvimento sócio-econômico-cultural desta nação chamada Brasil. O “Acorda Raça” é um chamado para essa conscientização. Nesse sentido o Kundun fez a lição de casa e conhece o ensinamento na ponta da língua, ou melhor, nas mãos, nos pés, no corpo em toda a sua extensão.

Quando o kundun pensou no espetáculo, segundo Orlando Silva, diretor da Companhia, foi muito além das aptidões artísticas. "A nossa proposta é a de mostrar que cada ser humano é capaz de fazer, de dançar, de tocar, de criar, de descobrir o seu próprio talento a partir do momento que assume o desejo de superação, de visualizar uma meta e correr atrás dela. Por isso, buscamos a prática dessa teoria no exemplo legado por nossos ancestrais que mesmo escravizados contribuíram de forma significativa para o desenvolvimento sócio-econômico-cultural desta nação chamada Brasil." O “Acorda Raça” é um chamado para essa conscientização e traça uma analogia entre figuras africanas com ícones do folclore brasileiro.

O SHOW:
1. Caminhos: A sensualidade, a malícia, a força do negro mescla com a influência européia e indígena e se traduz em expressões ímpares na ginga do povo brasileiro.

2. Saweh: Movimentos trazidos pelos angolanos e que contribuiu para a origem da capoeira. A coreografia mistura o n’golo, sawe e a Dança da Zebra.

3. Protetores da Mata: Mitos, crenças e lendas de índios e negros em relação a habitantes da floresta. É o saci-pererê, aroni, caipora, matim-sererê, sacirerê.

4. Mulheres do Paiol: A força e a graça da mulher quilombola que planta, que colhe, que canta, que dança. Exemplo de superação, de auto-estima desconstruindo estereótipos.

5. Facho de Fogo: A lenda do boitatá que vem pra queimá os mar do mundo, sô!

6. Essência: A essência de ser mãe em todas as formas: mãe-natureza, mãe-mulher, mãe-vida, mãe-Kundun

7. Tributo à Mãe Terra: Expressão de amor e de reconhecimento à Mãe-Terra e à Terra-Mãe (extensivo à Nayan-Nayreh)..

8- Kizombajé: Uma mistura festiva na forma de dançar nas várias regiões brasileiras.

9. Fawreh (ancestralidade): Escravizado, sem nome, sem religião, sem identidade, sem pátria. Mesmo assim o negro foi hábil, inteligente, guerreiro e, mesmo sem perceber, conquistou o seu espaço influenciando na construção da identidade do povo brasileiro. ACORDA RAÇA!

FICHA TÉCNICA
Show: Acorda da Raça (remontagem)
Duração: 1h5
Direção Geral: Orlando Silva
Arranjos: Orlando Silva
Composições (Mulheres do Paiol, Caminhos, Saweh, Essência, Kizombajé e Fawreh): Orlando Silva

Coreografias: Orlando Silva e bailarinos do Kundun Balê

Bailarinos: Afixirê, Anaxilê, Baduh, Dandara, Dinlê, Djankaw, Makena, Kunta
Solos: Anaxilê, Djankaw, Makena, Kunta
Vocal: Orlando Silva e Anaxilê
Percussionistas: África, Akan, Okan, Kytaila, Kow, Nubah
Mulheres do Paiol: Aluany, Diaia, Kinileh, Serenin, Ofanji
Iluminação: Marcio Kawreh Ramos
Figurino e cenário: Alex Kua
Criação cartazes/folder – fotografia: Péricles Kramer
Textos: Cristina Esteche

Saiba mais sobre o trabalho: www.kundunbale.org.br 

Cristina Esteche

Jornalista

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