22/08/2023
Agronegócio

Cooperativas paranaenses geram mais de 1,250 milhão de empregos

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Curitiba – As cooperativas paranaenses já respondem por mais de 1,250 milhão de postos de trabalho em todo o Estado. Segundo o Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), somente no ano passado foram geradas quatro mil novas vagas no setor.
Um dos exemplos da geração de empregos vem da C.Vale, de Palotina. A cooperativa alcançou 292 novos empregos em 2008, totalizando 3.250 funcionários no complexo avícola e outros 1.460 nas demais atividades. Em 11 anos, a C.Vale multiplicou por quatro as suas contratações diretas.
A crise econômica internacional não representa a maior preocupação para o setor cooperativista e, sim, a queda da safra. Em época de plena colheita, Noroeste e Sudoeste do Estado podem perder postos de trabalho em razão de serem as regiões mais afetadas pela falta de chuvas no ano passado. Ainda assim, o Paraná tem uma posição firme no mercado internacional, o que deve garantir a manutenção do emprego de modo geral.
Para o superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken, o Paraná possui sólidos contratos e deve manter a liderança do setor cooperativista nacional nas exportações em 2009. “Ao contrário de São Paulo, com vendas principalmente de derivados da cana-de-açúcar, as cooperativas paranaenses vendem uma produção diversificada, principalmente em carnes e grãos”.
Em 2008, as cooperativas paranaenses venderam no comércio internacional US$ 1,44 bilhão, uma alta de 37% sobre o ano anterior. Os números superaram o crescimento nacional das cooperativas (21%) e colocaram o Paraná à frente das cooperativas paulistas, tradicionais líderes em exportações

Empregos – De acordo com o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, mesmo em tempos de instabilidade econômica ou quebra de safra, o cooperativismo estadual não apresenta demissões significativas. “Em alguns setores, como as operacionais, o setor até promoveu contratações temporárias, e muitos desses funcionários acabaram sendo aproveitados nas demais áreas das cooperativas”, afirma.
A Cocamar, de Maringá, gerou 200 empregos, e a expectativa é aumentar esse número com a inauguração de uma unidade de co-geração de energia elétrica no seu parque industrial em junho. A previsão é que sejam gerados 30 novos postos de trabalho. Com um investimento de R$ 35,5 milhões (90% obtidos junto ao BNDES e 10% com recursos próprios), a unidade vai produzir, além de todo o vapor demandado pelas indústrias, pelo menos 60% de toda a energia elétrica necessária.
Com a Coopcana, no município de São Carlos do Ivaí, não foi
diferente. Durante o ano passado a cooperativa teve um aumento de 50 trabalhadores, isso somente na indústria. Dos atuais 2.880 funcionários, a cooperativa tem previsão para 3.200 em 2009
(AEN)

Cristina Esteche

Jornalista

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