22/08/2023
Política

CPI da Jardinagem: Depoimento de Max foi tenso e contraditório

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Da redação – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis irregularidades na contratação da empresa Maria Marlene de Freitas para corte de grama em 32 unidades de saúde de Guarapuava está chegando ao fim.

Os vereadores Thiago Cordova (PPS-foto) e Nélio Gomes da Costa, presidente e relator, respectivamente, ouviram o último intimado a depor. O democrata Gilson Amaral, membro da CPI, não participou dos encontros que aconteceram no plenário da Câmara de Vereadores.
Max de Freitas, esposo de Maria Marlene estava tenso e demonstrou em suas respostas que pouco sabe sobre a empresa da qual é administrador.
Houve um momento em que o relator Nélio Gomes da Costa teve que se impor como autoridade por causa das respostas irônicas dadas pelo depoente. Maria Marlene acompanhou o esposo e se mostrou bastante nervosa, principalmente, quando as respostas de Max não coincidiam com o que ela havia falado oficialmente na tarde de ontem, segunda-feira, sobre as mesmas questões.
Os depoimentos de duas pessoas que prestaram serviço na empresa Maria Marlene de Freitas, da própria Maria Marlene e do seu esposo Max, à CPI também foram marcados por contradições. Um dos  desencontros de informações se refere ao valor pago ao único funcionário contratado para cortar a grama de 32 unidades de saúde. O primeiro funcionário disse que se afastou porque ganhava pouco e teve estresse pela pressão sofrida nos postos de saúde onde realizava o serviço. Outro foi contratado. Se um diz que ganhava R$ 700, outro diz que recebe R$ 800 e Max, que é administrador da empresa da esposa, disse que paga R$ 900,00.

Outras informações levantadas pela CPI e que vão compor o relatório final que será feito por Nélio na próxima semana para apreciação dos vereadores mostram que há outras contradições e que, principalmente, os donos pouco sabem da empresa.

"Não podemos antecipar informações, mas já constatamos que houve desperdício de dinheiro público", afirma Thiago Cordova.

A afirmação do vereador está embasada nas declarações do Diretor do Parque de Máquinas, Flavio Veras à própria CPI de que a Surg possui funcionários especializados em corte de grama e paisagismo, dispensando a contratação de uma empresa que não consegue comprovar eficiência no trabalho que realiza. A empresa recebe R$ 4,3 mil por mês e possui apenas um funcionário para cuidar da grama de 32 unidades de saúde. Flavio Veras disse que seriam necessários no mínimo três pessoas para dar conta da demanda.

Max disse que discorda de Veras e que a grama é cortada uma vez por mês. Veras afirma que esse trabalho deve ser feito pelo menos duas vezes por mês. 

Uma das  ilegalidades levantada  e que gerou a instauração da CPI é que Maria Marlene de Freitas, dona da empresa licitada, já recebe R$ 600 por mês como estagiária da Prefeitura; mora na casa dos fundos da irmã (Lea) da vereadora Maria José Mandu Ribas; a empresa está no mesmo endereço e com o número de telefone da casa da irmã da vereadora.

TAnto Max quanto Maria Marlene negam envolvimento com  a vereadora Maria José Mandu Ribas e sua irmã.

A Rede Sul de Notícias levantou ainda que Maria Marlene é diarista na casa de Lea de Lima, irmã de Maria José.

Cristina Esteche

Jornalista

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