22/08/2023


Segurança

Crime contra David Kulak completa oito anos e ainda não foi elucidado

Passados oito anos da morte do jovem David Rafael Kulak, completados na terça-feira (23), ainda não há nenhuma solução para o caso. De acordo com o Cartório-chefe da Polícia Civil, o inquérito encontra-se com a promotora Marcia Francine Broietti para análise. A promotora não foi encontrada pela RSN por estar fazendo vistoria nos presídios, segundo informou sua assessoria.

 

O assassinato de David Kulak, acadêmico e estagiário da Unicentro, aos 23 anos de idade, chocou a sociedade guarapuavana pelo requinte de crueldade. O corpo do jovem foi encontrado esquartejado boiando no Rio Pinhãozinho, na manhã de 23 de agosto de 2003. Vários depoimentos engrossam as páginas do inquérito policial.

 

Em 22 de maio de 2004 uma pessoa foi presa como principal suspeita da autoria do crime. Marcio José de Andrade foi detido em Clevelândia. Ele conheceu David num chat de bate-papo na Internet onde navegava com o “Nick” de Diogo. Porém, após as investigações, Marcio foi liberado já que não houve nenhuma prova concreta contra a sua possível participação no assassinato.

 

À época, muitos comentários envolveram o caso, incluindo a possibilidade de rituais satânicos. Nada ficou comprovado.

Acadêmicos da Unicentro e amigos de David chegaram a fazer um protesto na Delegacia de Polícia de Guarapuava pedindo a elucidação do caso, mas até hoje, após oito anos, as razões e a autoria do crime continuam sendo um mistério.

 

OUTROS CASOS
O caso David Kulak não é o único desafio que envolve a Polícia Civil de Guarapuava. Outros assassinatos de jovens após a morte de David também estão sem solução. Um deles é o crime contra Thiago Esteche Rocha Cordeiro em 21 de abril de 2004. Ele foi executado a tiros e seu corpo encontrado num precipício na Serra do Cadeado, às margens da PR-170, rodovia que dá acesso ao município de Pinhão. Assim como David, Thiago era homossexual e chegou-se a especular a possibilidade de assassinatos em série provocados por homofobia. Hipótese que foi descartada pela polícia.

Somam-se a esses os crimes contra os jovens Marlon Borges dos Santos e Juliano Antunes de Lima, ambos encontrados mortos em 14 de maio de 2004.

Cristina Esteche

Jornalista

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