Cristina Silvestri defende inclusão de disciplina sobre os perigos das drogas

A inclusão de uma disciplina que alerte as crianças e os jovens sobre as “armadilhas” e os perigos do consumo e do tráfico de drogas está sendo defendida pela secretária municipal de Assistência Social de Guarapuava, Cristina Rauen Silvestri. A informação foi prestada pela própria secretária à REDE SUL DE NOTICIAS durante a abertura do Encontro que está sendo realizado na Faculdade Campo Real.

Esta é a primeira vez que a sociedade de Guarapuava foi convocada pelo município para enfrentar o problema das drogas no município. Na manhã desta terça-feira (07) até quinta-feira (09) especialistas sobre o assunto, convidados pela Secretaria Municipal de Assistência Social, agentes, comunidades terapêuticas, e outras entidades envolvidas buscam alternativas e qualificam profissionais para esse enfrentamento.

De acordo com a secretária de Assistência Social, Cristina Rauen Silvestri, será composta uma rede compartilhada envolvendo as secretarias municipais de Assistência Social, Saúde e Educação, com base no programa federal que trata do tema, tendo a segurança pública como apoio.
“Partimos do principio de que não ninguém vai conseguir resolver o problema sozinho. Como a Assistência Social é quem mais sofre com esse problema tivemos essa iniciativa e juntos vamos traçar diretrizes”, afirmou.

Em Guarapuava, não existe um diagnóstico de quantas pessoas são dependentes de drogas. “Esse será o primeiro passo, embora saibamos que é muito difícil chegarmos a um número real, já que muitas pessoas omitem essa condição”, observa Cristina Silvestri.

Para se ter um parâmetro desse universo no município, a Secretaria Municipal de Educação diz que nas escolas da rede é possível perceber as crianças que possuem esse problema em casa. “O número é muito alto e se não tomarmos medidas imediatas para evitar que essas crianças caem na drogadição esse número vai aumentar em curtíssimo espaço de tempo”, alerta a secretária Sandra Zanette. “Somente medidas preventivas vão impedir esse crescimento e que devem ser acompanhadas de atividades no contraturno escolar, capacitação e oportunidades para jovens, além do acompanhamento familiar efetivo”, observa Cristina Rauen Silvestri. O município atende a educação infantil e os estudantes de primeira a quinta série.

De acordo com o prefeito Cesar Silvestri, a administração municipal está reconhecendo e assumindo a existência do problema das drogas, especialmente o crack, em Guarapuava. “Estamos nos inserindo nessa discussão para buscar ações que minimizem esse problema. Isso só será possível a partir de ações sintonizadas entre secretarias municipais, entidades, policias, familiares de quem possui esse problema em casa. Estamos criando um pacto contra as drogas e vamos agir na prevenção, desde a escola, na capacitação e na geração de oportunidades para os jovens, nas ações da saúde. Vamos fazer esse papel de articulação, oferecendo também um acompanhamento efetivo às famílias envolvidas”, afirmou. Segundo o prefeito, as ações isoladas mostraram-se improdutivas.

A abertura do Encontro contou com a presença também de secretários municipais, da juíza Carmem Mondin, do comandante da Polícia Militar, tenente coronel Edson Solack, do presidente da Faculdade Campo Real Antonio Cesar Ribas Pacheco, do presidente da Câmara de Vereadores Edony Kluber, vereadores (Neto Rauen, Celso Costa, Airson Horst, Valdir Kukelcik, representante da Frente Parlamentar de Combate às Drogas da Assembleia Legislativa do Paraná, entre outras autoridades.