22/08/2023
Cultura Em Alta Guarapuava

CTG Fogo de Chão festeja 60 anos com baita fandango

CTG tem baile nesta sexta (11), a partir das 22h, celebrando seis décadas de tradição gaúcha em Guarapuava. Prendas e peões prometem lotar o galpão

Grupo Os Serranos (Foto: Divulgação)

CTG Fogo de Chão dá um aviso: preparem as pilchas e os vestidos de prenda porque o fandango vai ser de levantar poeira! Nesta sexta (11), a partir das 22h, o CTG Fogo de Chão, orgulho de Guarapuava, celebra 60 anos de tradição com um baita baile animado pelo grupo ‘Os Serranos’.

E pela primeira vez na história do tradicionalismo, uma mulher assumiu a patronagem. Trata-se de Deise Ane Scalabrin, marcando um novo conceito na cultura tradicionalista.

E no meio da festança da noite de hoje, vai ter também momento de emoção. O presidente da Câmara de Vereadores de Guarapuava, Pedro Moraes, entrega à patronagem uma ‘Moção de Aplauso’. A homenagem, conforme a Câmara, reconhece a importância dessa entidade que, há seis décadas, cultiva as raízes sulinas com orgulho e paixão.

UM POUCO DA HISTÓRIA

De acordo com a história, fundado em 13 de julho de 1965, o Centro de Tradições Gaúchas ‘Fogo de Chão’ nasceu lá nos tempos em que os fazendeiros guarapuavanos se reuniam nas estâncias. Era o tempo dedicado pra um bom mate, uma prosa campeira e, claro, um fandango bem fandangueiro. Conforme o jornal ‘Chasque Jovem’, a fundação contou com Germano Flores, Francisco Delci Portela de Almeida, Dom Pedro Rodrigues Nunes, José Maria Silvestri. Além de Antonio Albino Cinrado, Orlando Huzonc, Lauro da Silva e Nivaldo Kruger.

Foi ali, no calor do fogo de chão, que decidiram criar uma entidade pra manter vivas as tradições herdadas dos tropeiros. Eram um tempo em que os tropeiros rasgavam os campos gerais, abrindo caminhos entre o Paraná, o Rio Grande e as bandas de lá do Prata.

O nome não poderia ser outro. ‘Fogo de Chão’, em homenagem àquele fogo que nunca se apaga, pronto pra aquecer a água do mate, assar a carne gorda no espeto. E também receber com hospitalidade qualquer viajante que aparecesse no rancho. Uma hospitalidade que, de acordo com tradicionalistas, permanece até os dias de hoje.

Walmor Pereira da Silva foi o primeiro patrão na gestão 1966-1967. Mas a construção do galpão ocorreu na gestão de Dom Pedro em terreno doado pelo ex-prefeito Nivaldo Kruger. Sócios doaram dinheiro e mão-de-obra.

INVERNADAS

Mas não é só de baile que vive o CTG. Nestes 60 anos, a entidade construiu uma linda história de invernadas artísticas e campeiras, piquetes de laçadores, prendas e peões que honram a cultura gaúcha. E também resgatam a música, a dança, o churrasco, o chimarrão e os valores de amizade, coragem e respeito herdados do tropeirismo. Cada geração que passa por lá carrega junto esse legado que faz bater mais forte o coração de quem tem alma campeira.

TEM DANÇA, TCHÊ!

Então, fica o convite: puxe o lenço, ajeite o chapéu, dê um nó bem-dado na bombacha. E as prendas que escolham o vestido mais bonito. E juntos celebrem essa data histórica ao som de ‘Os Serranos’. Porque tradição boa é tradição vivida, cantada e dançada, tchê!

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Cristina Esteche

Jornalista

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