22/08/2023


Geral

Cuidado com a saúde das mulheres é prioridade no Paraná

Com ações voltadas exclusivamente à proteção da saúde da mulher, o Governo do Estado desenvolve uma série de medidas para melhorar a qualidade de vida das paranaenses de todas as idades. O atendimento acontece em todas as unidades de saúde pública.

Desde 2012, a Rede Mãe Paranaense vem mudando a forma com que mães e bebês são atendidos durante todas as fases da gestação. A qualificação do pré-natal e a organização de referências regionais de atendimento fizeram com que a taxa de mortalidade materna caísse 40% nos últimos dois anos. Isso significa que 100 mulheres deixaram de morrer em decorrência da gestação.

“Gravidez é sinônimo de vida. Por isso, é inadmissível que ainda tenhamos mulheres morrendo por conta de complicações na gestação ou no parto”, disse o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto. “Com a Rede Mãe Paranaense estamos alcançando bons resultados, mas queremos salvar ainda mais vidas”, completou.

Na Rede Mãe Paranaense, as mulheres recebem atenção especial durante toda a gestação. São ofertadas, no mínimo, sete consultas e 17 exames especializados para acompanhar o período de gravidez. Dependendo do grau de risco gestação, o número de consultas e exames pode ser ainda maior.

O cuidado com a saúde da mulher também integra a estratégia da saúde da família. Além do pré-natal, as equipes de saúde realizam visitas domiciliares para avaliar a saúde de todos os componentes da família.

EXAMES 

Durante as visitas, os profissionais acompanham o tratamento de pacientes com doenças crônicas, como hipertensão arterial, diabetes, obesidade e depressão, e incentivam as mulheres a realizarem exames preventivos, como a mamografia e o papanicolau (colo de útero).

A mamografia permite o diagnóstico precoce do câncer de mama, o que aumenta as chances de cura da doença. O exame, garantido gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) , é indicado, principalmente, para as mulheres com mais de 50 anos. Caso a pessoa tenha histórico familiar de câncer de mama, a idade para iniciar a rotina de mamografias de rastreamento deve ser indicada pelo médico.

Segundo a superintendente de Atenção à Saúde, Márcia Huçulak, a mamografia deve ser feita a cada dois anos. “O ideal é que a mulher marque sua mamografia perto do seu aniversário. Dessa forma é mais fácil de lembrar”, explica.

Outro exame importante para as mulheres é o preventivo do câncer de colo uterino (papanicolau). Para realizá-lo, basta procurar a unidade de atenção primária mais próxima e marcar uma consulta.

AMPLIAÇÃO

O Governo do Estado também tem ações para as mulheres na área de saúde mental. “O estilo de vida das mulheres está mudando, pois elas estão acumulando cada vez mais papéis sociais. Com isso, as mulheres estão adoecendo e tendo problemas como depressão, alcoolismo e drogadição”, afirmou o chefe do Departamento de Atenção às Condições Crônicas, Juliano Gevaerd. Nestes casos, a pessoa deve procurar uma unidade de saúde ou um Centro de Atenção Psicossocial para iniciar o tratamento.

Muitas mulheres que sofrem de depressão ou outros transtornos mentais também têm histórico de violência, seja ela física, sexual ou psicológica. Um fator que contribui para que isso se agrave é o medo de denunciar o agressor que muitas vezes é da própria família.

Para tentar reverter este quadro, o Governo do Estado implantou um sistema de notificação de violência interligado em serviços de saúde e demais instituições que possam receber mulheres vítimas de violência. Esse sistema permite que casos suspeitos sejam acompanhados de perto por autoridades legais e facilitam a ação da polícia em caso de confirmação.

MULHER DE ATITUDE

O tema da violência contra a mulher será pauta do Encontro Mulher de Atitude, na próxima terça-feira (11). O evento será realizado a partir das 9h, no Centro de Convenções de Curitiba, e deve reunir mais de 800 lideranças femininas.

A programação prevê ainda debates e palestras sobre outros temas relacionados à saúde da mulher, como aspectos da fase reprodutiva e o incentivo ao parto natural.

Cristina Esteche

Jornalista

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