22/08/2023
Cotidiano

Deficientes visuais sofrem com falta de acessibilidade em Guarapuava

A falta de constância na fiscalização com questões de acessibilidade em Guarapuava agrava a situação de deficientes visuais e cadeirantes, que já tem enfrentar desafios diferentes de uma pessoa sem deficiências. As calçadas desniveladas e mal conservadas, as lixeiras suspensas e a falta de rampas de acesso são alguns dos problemas que as pessoas com deficiência têm de enfrentar na cidade. Nas observações de Renilson José Krüger, presidente da Associação dos Pais e Amigos dos Deficientes Visuais em Guarapuava (APADEVI), que também é deficiente visual, as reformas na acessibilidade local vão além da construção de uma simples rampa. “Falta sonoridade dentro de ônibus, mas não só deles. Nos bancos nós pegamos a senha, mas não temos como saber quando somos chamados por que eles não têm nenhum tipo de aviso sonoro”, exemplifica.

Além disso, Renilson ressalva a importância de melhorias em elevadores especiais para deficientes, margem correta nas lixeiras suspensas e avisos sonoros dentro de instituições como universidades e bibliotecas.

A responsabilidade de fiscalizar as construções sem padrões de acessibilidade é da Promotoria de Justiça, que em Guarapuava atua cobrando melhorias para pessoas com mobilidade reduzida em edificações, vias e transporte coletivo. Caso alguém se sinta lesado com esta questão na cidade, deve denunciar o caso à própria Promotoria de Justiça ou Conselho Municipal dos Portadores de Necessidades Especiais.

A lei que garante a acessibilidade de deficientes no Brasil é a ABNT 9550, que estima e orienta as reformas de acessibilidade em edificações, vias públicas e sistema de transporte coletivo. 

Cristina Esteche

Jornalista

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