A deputada estadual Cristina Silvestri (PSDB) volta a cobrar a implementação de leis de combate ao ‘bullying’ nas escolas. Afinal, é esse tipo de violência que se torna ‘gatilho’ para crimes violentos que ocorrem em estabelecimentos de ensino.
Chamando a atenção para essa problemática que vem pautando os noticiários em nível nacional e internacional, a deputada lembra ações de combate das quais é autora. Conforme a parlamentar, a lei nº 19.775/2018 estabelece medidas para a identificação e o acompanhamento dos alunos que praticam e daqueles que são vítimas de ‘bullying’. Ela cita, inclusive, o ‘cyberbullying’.
Já a lei 20.191/2020, conforme Cristina, determina a presença de psicólogos na rede estadual de ensino. Esse profissional deve atuar junto aos estudantes, famílias, corpo docente, direção e funcionários.
O combate ao bullying é imprescindível para tornar as nossas escolas mais seguras. Infelizmente, essas leis, sancionadas há anos, ainda não foram regulamentadas. Esperamos que diante dos últimos acontecimentos o governo estadual se sensibilize e entenda a urgência de colocá-las em prática.
De acordo com a deputada, o ‘bullying’ é o conjunto de violências que se repetem por um período. Seja por meio de agressões verbais, físicas e psicológicas. “Essa prática humilha, intimida e traumatiza crianças e adolescentes”.
ATAQUES
O atentado mais recente registrado em uma escola de Blumenau/SC, no último dia 5, teve quatro crianças assassinadas. O criminoso, um homem de 25 anos, disse ter sido vítima de ‘bullying’ quando era estudante.
Na semana anterior, conforme a deputada, no dia 27 março, uma professora morreu e cinco pessoas ficaram feridas em uma escola de São Paulo. O responsável pelo ataque, um adolescente de 13 anos, tinha histórico de comportamento agressivo e ameaças no ambiente escolar.
De acordo com uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) nos últimos 20 anos houve registros de 24 casos de violência extrema em escolas brasileiras. Entre 2002 e 2023, 28 estudantes, quatro professores e dois profissionais de educação morreram vítimas de ataques.
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