A deputada estadual Cristina Silvestri (PSDB) se uniu ao Sistema Faep/Senar em solidariedade aos produtores rurais de Guaíra, no extremo-oeste do Paraná. A intervenção ocorre porque indígenas entraram numa propriedade na segunda (15). De acordo com a deputada, em nota ela e o Sistema Faep/Senar cobram uma “atitude condizente” do governo do Estado e do Judiciário, em respeito à garantia constitucional de direito à propriedade.
A área em questão tem cerca de 250 hectares e está coberta de plantio, na Localidade de São Domingos. Conforme o Sindicato Rural de Guaíra, cerca de 30 indígenas entraram na propriedade e agiram com violência. Houve agressão a pauladas no filho do proprietário. Cristina Silvestri advertiu para uma nova escalada de violência no campo, lembrando que esta é a segunda invasão de indígenas nas últimas semanas. A primeira foi em Terra Roxa.
Os indígenas têm direito à terra, conforme o novo Marco Temporal, com limites na Constituição de 1988. Os produtores rurais não podem ficar sujeitos à insegurança jurídica e a ações violentas. É dever do Estado agir para que os direitos sejam preservados.
De acordo com a nota, o Sistema Faep/Senar-PR ressalta que a passividade do poder público em controlar as invasões tem servido de incentivo para que novos grupos se formem. Ainda, a entidade pede que o Marco Temporal, que ratifica que as demarcações de terras indígenas seja cumprido, para que os produtores rurais tenham segurança jurídica. “O Sistema Faep/Senar-PR e o Sindicato Rural de Guaíra estão prestando atendimento aos produtores rurais da Região”.
REFORÇO NA SEGURANÇA
A Secretaria de Estado da Segurança Pública vai reforçar o policiamento em Terra Roxa, na região Oeste do Estado. Nos últimos dias houve invasão a uma propriedade privada e protestos em relação a conflitos fundiários. A fazenda fica próxima a uma área demarcada de responsabilidade da União.
O secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, vai participar de uma reunião nesta quarta (17) na cidade sobre a situação. O encontro deve reunir também representantes da Funai, Incra, Justiça Federal, Polícia Federal, Batalhão de Fronteira, Prefeitura de Terra Roxa, Ministério Público, sociedade civil e outros órgãos que estão debruçados na questão.
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