Há um ano o Museu de Ciências Naturais de Guarapuava está fechado. O motivo foi o descaso da administração do ex-prefeito Fernando Ribas Carli para com um dos mais importantes acervos do Paraná.
Localizado no Parque das Araucárias, o Museu é uma parceria entre a Fundação Professor João José Bigarella, a Unicentro e o Município e guarda, entre outras peças, os primeiros fósseis encontrados no Paraná com mais de dois bilhões de anos; conchas do mundo inteiro, muitas raras e procuradas no mercado internacional; rochas diamantíferas da África do Sul, além do acervo entomológico Hipólito Schneider. O espaço é composto pelos museus entomológico, geológico, minerológico, paleontológico, malacológico e diorama.
Porém, desde agosto de 2012, o espaço vem sendo vítima de vândalos pelo falta de segurança, o telhado está em condições precárias e o consumo de drogas se tornou a atividade principal. Em novembro do ano passado houve uma tentativa de invasão no local.
“A Prefeitura retirou os seguranças do local e os problemas começaram. Por causa de tudo isso e após o museu ter sido invadido por desocupados e usuários de drogas que danificaram peças valiosas o museu foi fechado no dia 15 de dezembro”, disse o professor de geografia e diretor do Museu Maurício Camargo.
De acordo com o diretor, várias tentativas foram feitas junto ao ex prefeito para que o espaço fosse recuperado. “Como a Prefeitura disse que não trocaria o telhado o museu foi fechado e as peças estão guardadas na Universidade”.
O espaço que era atração turística e objeto de pesquisas para estudantes de Guarapuava e da região se tornou um depósito de seringas, calcinhas, litros de bebidas e resquícios de drogas. Mas as conversas para que o museu seja reaberto continuam.
“Vejo uma mudança na política do município e uma forte cooperação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e do prefeito Cesar Filho para que o museu retorne ao Parque das Araucárias”, disse o professor.
De acordo com o secretário Celso Araújo, a reforma do espaço está orçado em cerca de R$ 100 mil. “Além da troca do telhado serão necessários equipamentos para anular a umidade e de ar condicionados”, informou Araújo. O projeto está sendo concluído para que seja viabilizado o recurso a fundo perdido.