22/08/2023
Cotidiano

Desfile cívico: Escolas pedem paz e dizem não ao preconceito

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Milhares de pessoas lotaram as laterais da Rua XV de Novembro em Guarapuava para prestigiar o desfile cívico na manhã desta sexta-feira (07). Após quatro anos de silêncio, inicialmente pelo boicote dos professores de escolas municipais por não receberem reposição salarial, depois por causa da gripe H1N1 e finalmente pela falta de vontade política da Prefeitura, neste ano eleitoral a parada volta a acontecer. Mais de mil alunos de escolas municipais e colégios estaduais passaram pela Rua XV, junto com entidades, empresas e associações

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No palanque poucas autoridades prestigiaram o evento. Lá estavam o prefeito Fernando Ribas Carli e a esposa Ana Rita, a secretária municipal de Educação Dorotil Casagrande Melhem, autoridades militares. Também chegaram a presidente da Fundação proteger Maria do Carmo Abreu e o secretário de Habitação Francisco Andreatta.

O desfile começou às 9 horas e foi aberto por militares do 26 GAC, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Ambiental. Alunos e a fanfarra da APAE arrancaram aplausos do público. A Banda Jovem Maestro Leonel Rossetim marcou presença. A novidade deste ano foi o surgimento de fanfarras de escolas municipais, o reaparecimento das tradicionais balizas e as evoluções, principalmente, em frente ao palanque das autoridades.
Professores e alunos vestindo camisetas e portando faixas pediram a paz e disseram não ao preconceito.

Ao aparecimento de cada escola, de cada entidade, o povo não se furtou aos aplausos. “Vale a pena a gente vir de longe, passar calor e voltar para casa com fome”, disse Maria Aparecida Soares que saiu do Bairro Xarquinho para prestigiar o desfile. “Ainda bem que neste ano teve desfile”, comentou.
“O que a gente sente é que ficamos quatro anos sem desfile e agora em tempo de campanha eleitoral voltam a fazer. Pensam que o povo é bobo, mas estão muito enganados”, reage Leopoldo Maruzek, que mora no Bairro Santana. “Mas a festa é bonita. As crianças e os professores merecem os nossos aplausos”, diz.

Após mais de cinco anos o sonho do fisioculturista  Ricardo Teixeira foi realizado: colocar na avenida um grupo de alunos vestidos como gladiadores.

Cristina Esteche

Jornalista

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