Dois policiais militares aposentados receberam uma denúncia pelos crime de ameaça, vias de fato, violência arbitrária, submissão de adolescente a constrangimento, corrupção passiva e prevaricação. A denúncia veio do Ministério Público do Paraná, por meio da Promotoria de Justiça de Imbituva. Assim, os fatos que levaram ao ajuizamento da ação penal ocorreram no Colégio Cívico-Militar de Imbituva, onde os denunciados atuavam como monitor e diretor militar.
Conforme as informações, a Promotoria de Justiça relata que, no dia 6 de agosto, o agente militar que atuava como monitor na instituição de ensino interrompeu uma aula e retirou um adolescente de sala. Em virtude de repreender o aluno por ter desenhado uma folha de maconha e escrito a frase ‘vida loca’ na carteira escolar.
De acordo com as informações, o monitor ameaçou o estudante, afirmando “que já tinha matado vários e que ele não iria fazer diferença”. Além disso, teria agredido o jovem, com um soco na nuca. Quando retornaram para a sala de aula, o policial ainda teria submetido a vítima a constrangimento. Obrigando-a a limpar a carteira escolar na presença dos demais colegas de classe e da professora.
TENTANDO ESCAPAR
Contudo, o monitor e o diretor militar do Colégio, também policial, teriam procurado a equipe de psicólogos, pedagogos e assistentes sociais do município solicitando que o ocorrido não fosse levado ao conhecimento do Ministério Público. Os agentes policiais também teriam pedido à secretária de Assistência Social para que “amenizasse” o relato sobre os crimes à Promotoria de Justiça.
Portanto, além de não ter adotado as medidas necessárias quando soube do ocorrido, o diretor do Colégio Militar teria atuado para evitar a punição do monitor. Dessa maneira, somado aos crimes de corrupção passiva e prevaricação, o diretor também teria incorrido no crime de ameaça. Pois, em conversa com a secretária da Assistência Social de Imbituva, teria afirmado que o adolescente poderia morrer. “Ficou sabendo que já teve um caso de uma criança da Casa Lar colocar fogo no carro do conselho. Que Deus o livre se fizer isso com meu carro, ainda bem que não tenho porte de arma”.
*(Com informações do Portal Clique)
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