Da Redação, com assessoria
Guarapuava – Das tarefas executadas pelas advogadas e advogados, talvez uma das mais comuns seja a de trabalhar com intimações. Mas em mais de 10 anos de advocacia, Ana Cristiane Moreles ainda não tinha lidado com uma nos moldes que recebeu da filha: “Mãe, me dê dez razões para eu escolher o Direito”. A intimação não foi judicial, mas certamente teve o mesmo peso que uma teria.
Foi por conta do pedido da filha que a advogada de Guarapuava escreveu o texto “Razões finais”, disponível na última edição da Revista da Ordem. Na peça, Ana fala sobre uma experiência particular quando ainda estava cursando Direito e como tal fato a mostrou o real significado de ser advogado. O texto, inicialmente, foi uma carta para a filha, que na época saia do Ensino Médio sem ter certeza de qual caminho profissional deveria seguir.
“Como esse é um problema enfrentado por muitos jovens nessa fase, resolvi publicar o texto numa rede social, a fim de que eles também pudessem perceber o que realmente significa a profissão do advogado. Depois que o publiquei na rede, o texto repercutiu positivamente de tal maneira que eu resolvi de enviá-lo para a apreciação dos editores da Revista da Ordem, que o analisaram e quiseram publicar nessa edição especial de Aniversário da OAB Paraná”.
Na história, Ana relata um causo que viveu no último ano de faculdade, quando fazia seu estágio obrigatório. Em um atendimento, ela teve a convicção de que a profissão ia muito além de iniciar processos ou ganhar ações.
“Essa história foi marcante porque fez cair perante os meus olhos, a cortina das tantas teorias que estudamos na faculdade. Naquele momento eu vivi a grandiosidade do papel do advogado, eu pude sentir o quão honroso é o nosso trabalho e que somente através dele muitas das mazelas sociais podem ser corrigidas”.
Hoje, com a experiência da profissão, Ana indica alguns pontos que os interessados em cursar Direito devem ter em mente antes de entrar no curso. Para ela, a formação em Direito é uma das mais completas, principalmente, por estudar a sociedade, a organização política e social do Estado, além das diversas relações jurídicas formadas da vida social.
“Ingressar numa faculdade de Direito não significa necessariamente que sairá um advogado, essa é apenas uma das inúmeras profissões que podem escolher, existem tantas outras que também exigem a formação em Direito para que sejam exercidas. Mesmo que não se queira exercer nenhuma das profissões afetas ao Direito, certamente sairá um cidadão muito melhor e consciente”.
Como não poderia deixar de ser, o texto “Razões finais” convenceu a filha de Ana a entrar no Direito. Hoje, inclusive, ela estuda na mesma instituição que a mãe se formou. A carta está disponível na edição Nº 34 da Revista da Ordem e o texto, na íntegra, você confere abaixo: