Em depoimento de mais de 8 horas, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro manteve as denúncias feitas contra o presidente Jair Bolsonaro no último dia 24, ao anunciar a saída do governo, durante uma coletiva à imprensa, após ser pego de surpresa com a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Leite Valeixo, indicado de Moro.
O ex-ministro prestou depoimento nesse sábado (2) na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba. O depoimento começou pouco depois das 14h e terminou por volta das 22h40. Entretanto, Moro deixou o prédio no começo da madrugada deste domingo (3), pelos fundos, sem dar entrevista. O inquérito foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar se as acusações de Moro são verdadeiras.
O depoimento foi determinado pelo ministro Celso de Mello, relator do caso, e foi colhido presencialmente por delegados da PF e acompanhado pelos procuradores que tiveram autorização do ministro do STF. De acordo com informações da RPC Paraná, Moro foi ouvido em uma sala ampla com a distância recomendada por causa do coronavírus e com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
CONFIRMAÇÃO
Assim, a delegada Christiane Correa Machado, chefe do Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq) conduziu o depoimento. O inquérito investiga a acusação de Moro de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente nas investigações da PF. A acusação conforme a RPC Paraná foi confirmada por Moro, que ainda apresentou novas provas como troca de mensagens, áudios e e-mails.
Por fim, Bolsonaro disse que as denúncias são infundadas e nega que tenha buscado saber sobre investigações e inquéritos em andamento.
*(Com informações do G1)
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