Empresários do setor madeireiro discutem ações para aumentar produtividade

Os  produtos de madeira serrada estão vivenciando a melhor sequência histórica de preços no mercado externo, desde a crise no mercado americano em 2008.  O bom momento no cenário internacional tem mobilizado os industriais paranaenses do setor, que estão em busca de soluções que agreguem produtividade e possibilitem um volume maior de negociações. Nesta semana, o Conselho Setorial da Indústria da Madeira da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci)  reuniu executivos, para discutirem soluções e estratégias para o melhor aproveitamento da boa fase.

O diretor presidente da STCP, Ivan Tomaselli, fez uma apresentação sobre alternativas para melhorar a competitividade do setor no Paraná. Tomaselli atua há mais de 30 anos no desenvolvimento de projetos relacionados à indústria e ao mercado de produtos florestais. Para Tomaselli, a mecanização do processo é fundamental para o ganho em produtividade. “Na amostragem investigada pela STCP, percebemos que há vários gargalos que podem ser melhorados. O setor ainda está muito ligado à mão de obra, mas encontra pouca qualificação no mercado. A mecanização está melhorando, mas os índices de automação ainda são baixos. É preciso investir na linha de produção”, explicou.

De acordo com a Assessoria de Imprensa da Fiep, os convidados também assistiram à palestra do presidente da francesa Ciris Engenharia, Jean Pierre Olgiati, que apresentou técnicas que modernizaram seus processos e representaram ganho em produtividade. “É preciso inovar para ter um serviço diferenciado, como por exemplo um prazo menor de entrega. Todo diferencial impacta em ganho de mercado”, ressaltou Olgiati.

Para o coordenador do Conselho da Madeira da Fiep, Paulo Pupo, a qualidade das informações trocadas durante a reunião foi fundamental para expor e elencar os gargalos da produção, e mostrar que existem soluções para o aumento da  competitividade do setor. “Tivemos também uma representatividade importante neste encontro. Conseguimos reunir muitas empresas, de vários portes, incluindo as principais do Paraná e do Brasil”, lembrou. Pupo está otimista em relação aos rumos da indústria da madeira no estado. “Conseguimos mobilizar muitos proprietários de madeireiras – ou seus principais diretores – o que propicia a uniformidade das informações, e ajuda na tomada de decisões que impactam na competitividade. O setor de madeira serrada vive um bom momento, mas ainda precisamos trabalhar juntos para reduzir os altos custos desta indústria. Com as informações que trocamos neste encontro, estou certo de que podemos ir além, com importantes ganhos para todos”, finalizou Pupo.