A Comissão do Transporte Coletivo, formada por diversas associações de moradores, de estudantes, professores, vai promover uma série de atividades para esclarecer a população e exigir melhorias da Prefeitura no setor de transporte urbano. A decisão foi tomada na noite desta quinta-feira, em reunião coordenada pela União das Associações de Moradores de Guarapuava (UGAM).
O encontro contou com a participação de mais de 10 associações de moradores, representantes dos professores e acadêmicos da Unicentro, Observatório Social, Federação das Associações de Moradores do Paraná (Famopar), do Movimento do Passe Livre (MPL) e usuários.
Lembrando que o transporte coletivo é serviço público, com concessão autorizada pela Prefeitura Municipal e Câmara de Vereadores, a Comissão quer saber do prefeito Fernando Ribas Carli informações detalhadas sobre por que Guarapuava tem uma tarifa (R$ 2,50) igual a capitais como Curitiba, Salvador e Rio de Janeiro, embora seja uma cidade bem menor e com menos atendimento aos passageiros.
CAIXA PRETA
Os participantes levantaram diversos problemas que, segundo eles, são reclamações diárias dos usuários, a começar pelo alto custo da passagem. E ainda: falta planejamento dos horários, integração entre bairros, pontos de ônibus em vários lugares, há muitos pontos quebrados, motoristas também são cobrados, poucos funcionários atendem a venda do vale transporte (são distribuídas no máximo 150 senhas de atendimento).
Segundo a Comissão, o transporte coletivo em Guarapuava é uma “caixa preta” e, por isso, vai exigir do prefeito Fernando Ribas Carli informações detalhadas sobre a planilha de custos, prestação de contas da arrecadação e destinação do dinheiro dos espaços publicitários na traseira dos ônibus (bussdoor). Também será solicitada a instituição do passe livre para os estudantes, construção de novos terminais urbanos e a implantação da tarifa reduzida nos domingos.
O presidente da UGAM, Jacir Queirós, disse que a entidade pediu apoio de técnicos para fazer um diagnóstico independente sobre a planilha de custos, que será discutido em audiência pública a ser solicitada no Legislativo Municipal. Os estudantes, por sua vez, preparam manifestações em prol do passe livre.
Jacir Queirós afirmou que o transporte coletivo de Guarapuava necessita ser reestudado e modernizado, para benefício dos atuais passageiros e também para trazer mais usuários, que hoje não se utilizam por causa da precariedade do serviço. “O serviço pode ser ainda mais rentável, com ônibus especiais e com qualidade indispensável no atual atendimento”, sugeriu Queirós.