22/08/2023


Geral

Esquenta o debate em torno da retirada das “tartarugas” de ruas da cidade

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A retirada de “tartarugas” e “tachinhas” das ruas de Guarapuava continua dividindo a opinião das pessoas, tanto motoristas quanto pedestres. A retirada desse tipo de redutor de velocidade atende uma determinação judicial emitida pelo Ministério Público porque vai contra as regras do Conselho Nacional de Trânstio (Contran).

Porém, a pedestre Maria Aparecida Marcondes questiona essa ação. “Se com as lombadas e com as faixas de pedestres os motoristas não nos respeitam imagine sem nada?” pergunta.

 

Já o comerciante Elthon Massuqueto diz que o seu escritório fica na Rua Barão do Rio Branco, esquina com Visconde de Guarapuava e que de sábado, dia 06, para cá, já ocorreram 6 acidentes. “A rua Visconde de Guarapuava está mal sinalizada e agora foram retiradas por lei as ´tartarugas´. Oo Guaratran diz que não pode fazer nada, que lombadas também não podem ser colocadas porque não há um estudo para isso. Enfim, até que ocorra algum acidente pior ou até fatal, os acidentes continuarão e a Prefeitura ou Guaratran não tomarão nenhuma atitude”? questiona.

 

Fernando Batista observa que não é apenas nas ruas Visconde de Guarapuava e Rio Branco que o número de acidentes aumentou. “Na rua Dr Laranjeiras esquina com a Vicente Machado e em outras ruas perto também teve este aumento”, diz. Para Fernando, a retirada das “tartaruga” em vez de ajudar os motorista só piorou. “Agora dá para atravessar estas ruas sem olhar se alguém vai furar a preferencial e ter o carro danificado com batidas. Antes tinha em média uma ou duas pessoas furando a preferencial nessas ruas, agora isso passou a ser constante. Basta parar e observar. Nada mais grave aconteceu até agora porque tem dado tempo do pessoal parar os carros antes, mas quem trabalha ao redor vê isso diariamente agora depois da retirada da tartarugas”, afirma.

 

Jones José Domingues da Silva, um dos primeiros a chamar a atenção para o fato em matéria postada anteriormente pela RSN, volta a debater o tema. “Na minha opinião, tanto faz ter ou não as tartarugas, desde que a sinalização vertical seja adequada,”. Para Jones, o problema também é que a maioria dos motoristas guarapuavanos estavam acostumados com as “tartarugas” nas esquinas. “Então, isso funcionava de maneira até inconsciente ao motorista, e como agora foram retiradas o indivíduo está se confundindo e atravessando direto nos cruzamentos preferenciais. Resumindo, não sou a favor nem contra a retirada das tartarugas. Quero deixar claro que precisamos reivindicar ao poder público local responsável pelas sinalizações que tome as devidas providências e melhore a sinalização nos cruzamentos onde estão ocorrendo um maior número de acidentes”, diz.

 

Maylson Muchen Monteiro lembra que as “tartarugas” acabam com os amortecedores dos veículos. “Muitos motoristas que possuem carros rebaixados, como eu por exemplo, sofriam com elas. Possuimos carro legalizados diante ao Detran e quando chegamos em algumas esquinas é super triste você sentir os veículos raspando nas "tartarugas". Sem duvidas foi uma das melhores coisas que poderiam ser feitas em nossa cidade, pois existem muitos outros jeitos de conscientizar os motoristas de que devem respeitar a velocidade”, afirma.

 

CARROS REBAIXADOS
Maylson questiona a polícia e o Detran. “Qual o crime a policia e o Detran veem em ter carros rebaixados?! Andamos devagar; possuimos todas as peças e serviços feitos em oficinas especializadas no assunto; pelo Fato de andarmos devagar diminuimos os estragos das ruas e avenidas; diminuem a ocorrência de acidentes com outros veiculos, pedestres; estamos apenas fazendo o que gostamos sem influenciar na vida de ninguém; não estamos invadindo a privacidade de ninguém; não fazemos "rachas"; pagamos todos nossos impostos em relação ao veiculo em dia. A única coisa que queremos é poder andar pela cidade, mostrar nossos veículos, fazer o que gostamos nos carros, mostrar a arte dos carros rebaixados, do mesmo jeito que uma pessoa gosta de jogar bola, baralho, andar de bicicleta”, desabafa. E continua: “só queremos andar pela cidade sem ter a preocupação de que podemos encontrar a PM e levarem o carro para o pátio, estragando o nosso fim de semana. Somos pessoas que batalhamos pelo que queremos, não somos marginais, ladrões só porque rebaixamos o carro ou colocamos uma roda maior”, diz. 

 

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Retirada de “tartarugas” divide opiniões

Cristina Esteche

Jornalista

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