22/08/2023


Cotidiano Guarapuava Paraná

Estado amplia toque de recolher e reduz horário do comércio

O Estado do Paraná está com a maior taxa de transmissão da covid-19 do País. Medidas visam conter o avanço desvairado da doença

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Novo decreto é anunciado pelo governador do Estado, Ratinho Jr (Foto: Jonathan Campos/AEN)

O governador Ratinho Junior voltou a antecipar em uma semana novas medidas restritivas. O último decreto vigoraria até 31 de maio. De acordo com dados científicos, o Paraná está com a maior taxa de transmissão do País. Assim, o decreto 7.716/21,  amplia ainda mais as medidas para o enfrentamento da pandemia de Covid-19.

Conforme o anúncio, as novas regras começam a vigorar às 5h desta sexta (28) e valem até as 5h do dia 11 de junho. Medidas mais rígidas adotadas pelos municípios terão apoio da administração estadual.

De acordo com a nova medidas, também haverá reforço operacional das forças de segurança, em apoio às vigilâncias municipais da saúde. A intenção é coibir festas clandestinas, aglomerações e outras atividades festivas.

Assim sendo, as medidas preveem restrição da circulação de pessoas e de venda e consumo de bebida alcoólica em espaços de uso público ou coletivo depois das 20 horas. O toque de recolher e a lei seca atual vigoram das 22h até as 5h do dia seguinte.

PROIBIÇÃO DO COMÉRCIO

Comércio e atividades não essenciais seguem proibidas de funcionar aos domingos. Isso se aplica a restaurantes, shopping centers e academias. Todavia, nos outros dias da semana, o comércio de rua, galerias, centros comerciais e estabelecimentos de prestação de serviços não essenciais estão liberados das 9h às 18h. Todavia, apenas em  municípios com mais de 50 mil habitantes e com 50% de ocupação. Aos domingos e fora desses horários, durante a semana, só será permitido o atendimento na modalidade delivery.

Os shoppings, que até então podiam funcionar das 11h às 22h, devem abrir até as 20h, com 50% da ocupação. Os supermercados, que não tinham limite de horário, poderão atender das 8h às 20h, com 50% de ocupação, com permissão de funcionarem 24 horas somente para entregas. As academias podem funcionar das 6h às 20h, com até 30% da ocupação. Entretanto, essa regra não se aplica em Guarapuava.

O horário de funcionamento de restaurantes, bares e lanchonetes será das 10h às 20h, com 50% do público. Porém, podendo atender 24 horas na modalidade de entrega. Fica vedado o consumo no local nos domingos. Mas com o delivery permitido. Os museus também poderão abrir das 10h às 20h, com limitação de 50% do público.

Serviços e atividades essenciais, como farmácias e clínicas médicas, não terão que atender as regras de toque de recolher e de funcionamento. Os serviços considerados essenciais estão especificados no decreto 4.317, de 21 de março de 2020

DEMAIS ATIVIDADES

Continuam proibidas atividades que causem aglomerações, como casas de shows, circos, teatros e cinemas; eventos sociais e atividades correlatas em espaços fechados, como casas de festas, de eventos, incluídas aquelas com serviços de buffet; os estabelecimentos destinados a mostras comerciais, feiras, eventos técnicos, congressos e convenções; casas noturnas e correlatos; além de reuniões com aglomeração de pessoas, encontros familiares e corporativos.

As práticas religiosas devem atender a Resolução 440/2021 da Secretaria da Saúde, publicada em 26 de fevereiro, que orienta templos, igrejas e outros espaços a adotarem, preferencialmente, o formato virtual. Em casos de atividades presenciais, os locais devem respeitar o limite de 35% da ocupação.

CENÁRIO

As mudanças levam em consideração um cenário cada vez mais delicado da pandemia no Estado. A lotação de leitos de UTI está acima de 90% desde o começo do ano

A taxa de transmissão do Paraná é a pior do País, segundo o portal Loft.Science, utilizada por pesquisadores da área. É de 1,14 nesse momento, enquanto a média nacional é de 1,03. O indicador acima de 1 significa transmissão acelerada da doença.

O Paraná superou em maio a barreira de 1 milhão de casos. Neste mês, até a terça (25), foram divulgados 119.984 casos e 3.411 óbitos. Isso representa 11,2% e 13,4% dos registros desde o começo da pandemia, em março de 2020. Entre os números por data de ocorrência, o mês de maio somou 101.262 casos e 2.265 óbitos.

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Cristina Esteche

Jornalista

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