A liberação do corpo do menino Davi, de oito meses, que morreu afogado na madrugada desta quinta (30), durante a tempestade que caiu em Guarapuava, só será feita por volta das 11h40. O corpo está no Instituto Médico Legal (IML) desde a 1h30.
Portanto, a família poderá velar a criança após cerca de 12 horas de espera, segundo o tio de Davi ao Portal RSN. Além da dor pela perda, a família se revolta com o descaso por parte do IML desabafou.
“Estamos todos sofrendo muito com a perda e se tivesse plantão na madrugada já poderíamos estar fazendo o velório para o último adeus a ele”.
Segundo o tio, para agilizar a liberação, enquanto o corpo aguarda a necrópsia, familiares tratam dos papeis na Delegacia de Polícia e do funeral da criança. Ainda não detalhes sobre local, horário do velório e sepultamento.
Davi era o único filho do casal Katrine e João Antonio Barbosa. Ele morreu quando a enxurrada desceu ladeira abaixo e derrubou uma das paredes da residência do casal.
“Meu cunhado empurrou a Katrine pra fora e quando voltou buscar o Davi o berço já tinha sido arrastado pela água”. Davi foi encontrado nos fundos do quintal da casa. Foi levado para a UPA do Batel, mas já chegou sem vida.
Com quatro médicos legistas, três auxiliares de necropsia e quatro motoristas o IML de Guarapuava atende 21 municípios. O “gargalo”, porém, está na falta de auxiliares de necropsia. De acordo com o IML, o médico legista “não encosta a mão no cadáver. Quem coloca a mão na massa é o auxiliar de necropsia”.
Como não há contratações para esse setor, o Estado reduziu o horário de expediente. O IML abre às 7h e atende até às 23h. Depois desse horário, no caso de morte que necessite passar pelo Instituto, o motorista recolhe o corpo e deixa em cima da mesa até a chegada da equipe.