As famílias das vítimas Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo de Almeida consideram absurda a argumentação feita pelos advogados do ex-deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho e que será defendida daqui a pouco, às 13h, por cinco desembargadores da 1.ª Câmara do Tribunal de Justiça.Eles apreciarão o recurso do novo advogado de defesa do acusado, René Ariel Dotti, que pede a absolvição sumária do réu. Esta será a primeira vez que Dotti aparece no caso. Em todas as demais audiência quem acompanhava o ex-deputado era o advogado Roberto Brzezinski.
O argumento da defesa é considerado absurdo pelas famílias das vítimas.Dotti sustenta que Carli Filho trafegava em uma via preferencial, quando bateu seu carro na traseira do veículo ocupado pelas vitimas. O acidente aconteceu em maio de 2009, no Mossunguê em Curitiba. Um dos jovens foi decapitado.
Para o assistente de acusação Elias Mattar Assad, a expectativa é que os desembargadores deixem que Carli Filho vá a julgamento popular, por duplo homicídio com dolo eventual, como decidido pelo juiz da 2.ª Vara do Tribunal do Júri, Daniel Surdi de Avelar.
Mattar Assad lembra que o ex-deputado estava embriagado, com a carteira de habilitação cassada (tinha 130 pontos) e trafegava a 167 quilômetros por hora em via urbana.
“Nesta velocidade não há preferencial”, diz ele. O assistente de acusação também afirma que a colisão ocorreu no meio da quadra, onde há um semáforo que estava em sinal de alerta.
As vítimas reduziram a velocidade do veículo que ocupavam para respeitar o sinal, quando foram atingidas pelo carro do acusado. O julgamento do recurso acontecerá no primeiro andar no anexo do Tribunal de Justiça, no Centro Cívico.
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