22/08/2023


Geral

Federal e Ibama realizam operação em estações da Sanepar, incluindo Guarapuava

A Polícia Federal no Paraná, por meio da Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Históric, e o IBAMA, com apoio da PRF, deflagraram na manhã desta quinta-feira (20) , a fase ostensiva da “Operação Iguaçu – Água Grande”, objetivando a tutela de interesses ambientais de grande relevância, atingidos pela poluição do Rio Iguaçu.

As 43 equipes envolvidas darão cumprimento a 30 mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara Ambiental Federal, em Guarapuava, Curitiba Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel, Apucarana, Arapongas, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Foz do Iguaçu, Matinhos, Santo Antonio da Platina, Telêmaco Borba, Toledo, Umuarama e União da Vitória. Em contato com a REDE SUL DE NOTICIAS (RSN) a Assessoria de Imprensa da Sanepar disse que o diretor regional não vai se manifestar por se tratar de um assunto que envolve outras regionais no Paraná.

O alvo das buscas são a sede central e regionais da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), simultaneamente ao que estão sendo realizadas fiscalizações, vistorias e coleta de material para análise laboratorial em 17 estações de tratamento de esgotos.

As investigações tiveram início ainda em 2009, durante os quais foram percorridos mais de 15 mil quilômetros de helicóptero, de barco por todo o leito do Rio Iguaçu e com viaturas por todas estradas do Paraná, para proceder a mais de 430 coletas e análises laboratoriais em material então recolhido e encaminhado, entre outros, para o Laboratório da UNICAMP.

No período da investigação e na extensão de todos os deslocamentos, o objetivo foi identificar a responsabilidade criminal (art. 54 da Lei 9.605/98) pela poluição do Iguaçu, maior rio do Paraná e hoje o segundo rio mais poluído do Brasil, após o Tietê, em São Paulo.
No mesmo sentido, se buscou delimitar meios e modos pelos quais a Empresa, já identificada como a maior poluidora do Rio a despeito de deter certificação ambiental em altos níveis, bem como altíssimos níveis de faturamento, lança em cursos d’água efluentes sem qualquer tratamento, clara agressão ambiental à coletividade, à fauna e à flora.

Com assessoria

Cristina Esteche

Jornalista

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