22/08/2023
Agronegócio Cotidiano Guarapuava Região

Feira Agroecológica da Unicentro completa 11 anos em Guarapuava

A feira consolidou uma cena tradicional para a comunidade com o foco, principalmente, na não utilização de agrotóxicos ou transgênicos

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O projeto existe há 11 anos em Guarapuava e seis em Irati (Foto: Ascom/Unicentro)

A Feira Agroecológica da Unicentro está completando 11 anos de funcionamento em Guarapuava e seis em Irati. Esse é um projeto de extensão da universidade que aproxima o campo e a cidade em prol de uma alimentação mais saudável. Assim, de acordo com a assessoria da Unicentro, a feira consolidou uma cena tradicional para a comunidade dos municípios onde a instituição tem campi universitários. Desse modo, as barracas coloridas de alimentos frescos e, por trás deles, os feirantes, que comercializam produtos naturais, com o foco, principalmente, na não utilização de agrotóxicos ou transgênicos.

O coordenador geral da Feira Agroecológica da Unicentro, professor Jorge Fávaro, contextualiza de que forma o projeto é desenvolvido. Ele explicou que o projeto envolve alunos, professores, feirantes de diversas categorias. Sejam eles os que produzem alimentos como pastel, pães, como também os produtores de verduras e os artesanatos em si, de vários tipos – sabonetes, panos, e outras formas de artesanatos. “Nós temos, hoje, uma participação que é variável, mas é em torno de 30 feirantes entre as feiras que nós fazemos”.

A FEIRA

A assessoria explicou que são três feiras em Guarapuava. Uma no campus Santa Cruz da Unicentro, outra no Cedeteg, e uma no campus da UTFPR. Jéa em Irati, a feira é no campus Irati da Unicentro e no campus do IFPR.

Porém, por conta da pandemia de coronavírus, o sistema de feira está temporariamente suspenso. Mesmo assim, nas duas cidades, o projeto da Feira Agroecológica segue de forma alternativa. Isso porque, as atividades seguem através do recebimento de pedidos on-line feito pelos consumidores. A entrega das sacolas de alimentos encomendadas é feita respeitando todas as orientações sanitárias repassadas pelo Comitê de Prevenção ao Coronavírus da Unicentro.

Segundo o professor César Renato Ferreira da Costa, que faz parte da equipe executora da feira, a ideia é continuar com o sistema de encomendas até que as atividades presenciais sejam retomadas. “Nós vamos continuar as campanhas ao longo do tempo em que os serviços estiverem paralisados presencialmente, tendo como resultado a manutenção de trabalho e renda. E ainda a possibilidade de entregarmos alimentos saudáveis a um preço justo e a manutenção de uma rede solidária nesses difíceis momentos do coronavírus”.

Com a pandemia as feiras estão recebendo pedidos on-line (Foto: Ascom/Unicentro)

VANTAGENS

A assessoria destacou que a abertura de espaço que a ação proporciona aos agricultores agroecologistas tem um impacto positivo nas vidas das famílias camponesas. A coordenadora do projeto em Irati, professora Fernanda Ikuta, destacou que o projeto colabora para que as famílias permaneçam no campo com dignidade.

Além disso, outra vantagem para os agricultores vinculados ao projeto são as condições saudáveis de trabalho, já que não há risco de envenenamento dos trabalhadores durante o cultivo, que é feito sem agrotóxicos. E como a comercialização na feira da Unicentro é feita de forma direta, sem atravessadores, o projeto possibilita o encontro desses agricultores com os seus consumidores.

São três feiras em Guarapuava e duas em Irati (Foto: Ascom/Unicentro)

INCENTIVO

Além da comercialização de alimentos agroecológicos, o projeto também promove cursos, oficinas e debates sobre temas que envolvem os benefícios da alimentação saudável. Além da importância da produção agroecológica para a sustentabilidade. E é com esse viés de formação que a Feira Agroecológica quer comemorar seu aniversário.

De acordo com o coordenador geral, professor Jorge Fávaro, algumas atividades estão sendo preparadas para que as atividades presenciais retornarem, e outras, ocorrem remotamente. “Nós vamos organizar, junto com Irati, uma programação anual para que sejam discutidos – debates, formações, cursos . Então, a gente vai promover uma série de atividades promovidas pela feira, para os feirantes e também para a comunidade em geral”.

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Cristina Esteche

Jornalista

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