Cristina Esteche
O Sindicato dos Servidores Públicos e Professores Municipais (Sisppmug) considera a “mutilação” do Plano Municipal de Educação como um atraso na educação de Guarapuava. O PME foi aprovado a partir de emendas propostas pelo vereador Elcio Melhem, por 20 votos contra um, na sessão dessa segunda feira (22).
De acordo com o Sisppmug, o argumento dos setores ligados à entidades religiosas, para poder retirar as palavras "gênero" e "diversidade" do projeto era que, crianças entre três e cinco anos não poderiam mais ser definidas meninos ou meninas e que os pais não poderiam orientar sexualmente seus filhos, o que ficaria a cargo da escola. Segundo o grupo, a "ideologia de gênero" defende que crianças nessa idade não possuam uma definição sexual e tenham que ser tratadas sem distinção de sexo.
Porém o que o projeto previa é que houvesse uma abertura para que a diversidade sexual fosse discutida dentro das escolas, assim como a política de diversidade étnica e racial, ou seja, a igualdade de gênero.
"O que ocorreu aqui é um retrocesso. Acreditar na importância do ensino sobre a pluralidade sexual não quer dizer que a criança vai se descobrir gay, lésbica ou transgênero. Mas sim que a criança vai estar preparada para entender seu colega que é diferente, e isso serve para os próprios professores”, disse Cristiane Wainer, presidente do Sisppmug.