22/08/2023
Geral

Fomento Paraná injeta R$ 613 milhões na economia e ajuda a transformar o Estado

Pavimentação de vias urbanas e rurais, construção de terminais rodoviários, aquisição de áreas para implantar distritos industriais, aquisição de retroescavadeiras, rolos compressores, motoniveladoras e caminhões para espargir asfalto. Esses são alguns tipos de equipamentos e obras que a Fomento Paraná tem proporcionado aos municípios paranaenses, por meio de financiamentos. 

Desde 2011, são R$ 480 milhões em contratos firmados com os municípios com esse objetivo. Nesse período, a instituição contabiliza outros 7.750 contratos com empreendedores da indústria, do comércio, do setor de serviços e da agroindústria, o que representa aproximadamente R$ 133 milhões em recursos injetados diretamente na economia.

O diretor de pesquisas do Ipardes, Julio Suzuki Junior, explica que, além da melhoria da qualidade de vida, o financiamento de obras nos municípios gera um efeito econômico com duplo impacto. “Obras geram demanda por empregos e alavancam segmentos ligados à construção civil, por exemplo, como o comércio de materiais e equipamentos. Quando prontas, as obras contribuem para o aumento da produtividade da economia”, afirma Suzuki Junior. “Economia com boa infraestrutura tem produtividade diferente de outra que não investe nessa área.”

Ainda segundo o pesquisador, é possível verificar que, em alguns casos, especialmente nos municípios de menor porte, o dinheiro novo que entra na economia por meio do financiamento concedido pela Fomento Paraná, seja público ou privado, pode representar até 4% do PIB anual — soma de bens e serviços novos produzidos em um ano naquela economia. 

EXEMPLO

Município da Região Metropolitana de Curitiba, Araucária é um bom exemplo da atuação da Fomento Paraná. O município está licitando dois grandes conjuntos de obras, que somam R$ 20,5 milhões, para pavimentar ruas e urbanizar as áreas da chamada Capela Velha e da Fazenda Velha, ao norte da cidade. 

“Hoje, o município não teria outra forma de fazer essas obras, porque a capacidade de investimento está comprometida com o custeio da administração”, explica o secretário municipal de Planejamento, o engenheiro civil Fábio Fernandes. “Os financiamentos vão proporcionar o desenvolvimento das duas regiões da cidade. Com novas calçadas, pavimento, paisagismo e sinalização padronizada, o comércio vai se desenvolver, os imóveis vão se valorizar. Muda até o sentimento das pessoas pelo bairro e isso atrai novos investimentos do setor privado”, diz ele. “Até aquele terreno que hoje está vazio, com mato alto e sem calçada, em breve vai ter um empreendimento e novos empregos.”

SETOR PRIVADO

Embora seja a principal carteira da Fomento Paraná em volume de negócios, o financiamento ao setor público representa apenas uma parte da ação dessa instituição de desenvolvimento do Governo do Estado. Desde janeiro de 2011, a empresa se reestruturou para atender ao empresariado de micro, pequeno e médio porte, com a oferta de crédito de baixo custo para investimentos fixos, como reformas, ampliações e aquisição de máquinas e equipamentos, e para capital de giro associado ao investimento. 

“A pronta atenção da Fomento Paraná, por meio do Fundo de Desenvolvimento Econômico, foi fundamental para evitar um colapso na cadeia produtiva do frango, no Sudoeste do Estado, após a quebra de uma grande empresa da região”, conta o secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara. “O financiamento do FDE para um empreendedor permitiu que 1.300 famílias pudessem retomar a produção integrada de frangos.”

A secretária municipal de Trabalho, Desenvolvimento Socioeconômico, Indústria e Comércio de Foz do Iguaçu, Ivone Borofaldi da Silva, que também é vice-prefeita do município, é categórica ao elogiar a ação da Fomento Paraná junto aos empreendedores. “A Fomento Paraná é nossa parceira na Casa do Empreendedor, onde atendemos os empresários de diversos segmentos, especialmente do comércio e da hotelaria. As linhas de crédito são muito acessíveis, com juros muito atrativos que atendem projetos de até R$ 3 milhões. Também estamos vendo a frota de táxis ser renovada com a linha Banco do Empreendedor Taxistas. É um atendimento melhor ao turista”, afirma a secretária.

Para Julio Suzuki Junior, do Ipardes, a ação da Fomento Paraná, enquanto financiadora de investimentos, extrapola o sentido econômico e traz também benefícios sociais. Segundo ele, esses investimentos podem atender regiões que não receberam grandes projetos de multinacionais, por exemplo, em razão dos critérios locacionais definidos pelos grupos empresariais. “A ação da Fomento contribui para a redução das desigualdades regionais, com impactos sociais positivos devido à geração de empregos nos municípios mais carentes”, afirma Suzuki Junior.

Ainda de acordo com pesquisador, essa ação é muito importante, porque apoia as micro, pequenas e médias empresas, que são a maioria dos empreendimentos e também os que geram a maior parte dos empregos. “Isso provoca um efeito social intenso, em especial nos pequenos municípios”, afirma.

EMPREENDEDORES

As histórias de empreendedores beneficiados pelas linhas de crédito da instituição não são poucas. É o caso da dona de casa Beatriz da Rosa, 37, moradora de Santo Antônio do Sudoeste, a 650 km de Curitiba, na divisa com a Argentina, que vivia apenas do programa Bolsa Família e agora conseguiu financiar uma vaca de leite e um freezer, para melhorar a renda, por meio da linha Paraná Juro Zero.

Em Peabiru, município com pouco mais de 13 mil habitantes, na região centro ocidental do estado, próximo a Campo Mourão, o mecânico João Donatti, dono de uma oficina para conserto de veículos pesados, é um dos mais de 40 empreendedores locais que já fizeram financiamentos com a Fomento Paraná. João fez o curso de capacitação gerencial do Bom Negócio, para aprender a gerenciar melhor a empresa, e fez um financiamento para ampliar a oficina, localizada às margens da BR 369.

Em Quatiguá, no Norte Pioneiro, município com pouco mais de 7.000 habitantes, a Fomento Paraná tem o orgulho e om prazer de contar a história da Gaiolas Quatiguá, uma das maiores fabricantes de gaiolas para pequenos animais do país e a segunda maior empregadora da região no setor privado. A empresa está ampliando as instalações e adquiriu equipamentos para ampliar a produção com financiamento da Fomento Paraná.

História parecida contam os empreendedores da Água Mineral Serra da Graciosa, localizada em Morretes, no Litoral. A empresa foi prejudicada pelas enchentes que atingiram a região em março de 2011 e ficou impedida de distribuir a produção. Os empreendedores aproveitaram uma linha de crédito da Fomento Paraná para comprar novos equipamentos e melhorar a estrutura de acesso à unidade de produção. Dessa forma, o verão surpreendentemente quente de 2014 foi bem aproveitado pela empresa, que chegou a engarrafar 400 mil litros de água mineral em um mês.

Quem também está rindo à toa é o empresário Wendell Teixeira, que fabrica gelo. Ele financiou uma máquina com capacidade para produzir duas toneladas de gelo por dia e logo que o equipamento entrou em funcionamento ele firmou dois contratos para fornecer gelo para duas grandes redes de supermercados que atuam em Curitiba.

Da mesma forma, em diversas regiões do estado vão tomando forma hotéis, novas lojas, e indústrias de variados segmentos e diferentes portes promovem reformas, ampliações e compram novos equipamentos com apoio das linhas de crédito de baixo custo da Fomento Paraná. 

A instituição disponibiliza linhas de crédito com recursos próprios que vão de R$ 300, para atender empreendedores informais e da economia solidária, até projetos para apoiar empreendedores de médio porte, no valor de R$ 3 milhões. Além disso, como agente financeiro do BNDES, a instituição consegue operacionalizar financiamentos para projetos de até R$ 10 milhões.

A taxa de juros varia de 0,05% a 1,07% ao mês. E os juros são menores para empreendedores que investem em cursos de capacitação gerencial. “É uma relação direta com o risco. Quem investe em capacitação e na melhoria da gestão da empresa, tem menor risco de seu empreendimento dar errado. Então o Governo do Paraná proporciona uma taxa de juros menor”, afirma o presidente da Fomento Paraná, Juraci Barbosa. “E as histórias de sucesso desses empreendedores nos surpreendem a cada dia, mostrando que estamos no caminho certo.”

 

Cristina Esteche

Jornalista

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