22/08/2023


Geral

Funcionários da Fundação Proteger emitem carta de repúdio por descaso

Funcionários da Fundação Proteger emitiram ontem (24) uma nota de repúdio pelo descaso da instituição com a situação dos servidores. Eles afirmam que nunca foram alertados sobre a necessidade da realização de um concurso e cobram providências com a situação trabalhista de todos os servidores.

Carta de Manifestação / Repudio

Nós, signatários da presente manifestação, citados na ação Civil Pública n. 673/2010, vimos neste momento manifestar nosso repúdio em relação ao descaso com que estamos sendo tratados pela direção da Fundação Proteger de Guarapuava/PR, bem como, contestar com veemência qualquer alegação de conhecimento de nossa parte de eventuais irregularidades na forma das contratações trabalhistas.

Ressaltamos que possuímos muitos anos de trabalho e intensa dedicação à Fundação Proteger, e que, passamos por um processo regular de entrevista e seleção para a nossa contratação, sem que jamais fossemos alertados sobre a necessidade ou não de eventual concurso público.

Tal indignação repousa na ausência de informações acerca do andamento processual e as providências que estão sendo tomadas por parte da Fundação, haja vista que a inclusão dos funcionários / empregados desta instituição foram incluídos no polo passivo da respectiva Ação civil Pública em 06 de outubro de 2011.

Enfatizamos, portanto, que durante esse período, nenhum representante da Fundação Proteger nos procurou para nos colocar ao par de toda a situação processual.

Recentemente a imprensa local noticiou os fatos dando margem a dúvidas em relação à Ação Civil Pública e aos anos de dedicação ao trabalho na Fundação Proteger. Ainda assim, não houve qualquer manifestação da Fundação para defender os seus empregados e afirmar publicamente que, realmente, quando os funcionários são contratados não há e não houve esclarecimento sobre a necessidade de concurso para a vaga que estavam assumindo, muito menos sobre qualquer circunstância jurídica e financeira dos recursos recebidos pela Fundação.

Fato esse que nos faz pensar e repensar como temos sido tratados como educadores, pedagogos, assistentes sociais, auxiliares de serviços gerais, motoristas, costureiras, mães sociais, atendentes, dentre outros profissionais comprometidos com a Fundação e a sociedade Guarapuavana, com muito esforço e dando o melhor de si por 5, 10, 15 anos. Afinal de contas, o trabalho realizado para o município e a sociedade em geral, é necessário e de extrema relevância, atendendo demandas de crianças e adolescentes que trazem consigo, em sua história, abusos, negligências, abandono e violências. Somos profissionais que no dia-a-dia trabalhamos com muita dedicação, competência e amor pelo que fazemos, buscando através do respeito pela dignidade da pessoa humana a construção de uma sociedade mais justa.

Mas a pergunta que não quer e não pode calar é: merecemos pagar por erros que não cometemos? Sermos tratados como réus e o que é mais grave, cada um por si e Deus por todos, sem ao menos a presença de quem deveria nesse momento se solidarizar conosco, pois, “todos” até os funcionários merecem “proteção”. Essa manifestação serve para trazer à luz da sociedade Guarapuavana, como estamos nos sentindo, completamente desrespeitados e desprotegidos pela instituição.

Queremos sim a regularização dessa situação, através da solução legal e jurídica mais adequada, entretanto, exigimos o respeito da imprensa que vem dando conotação jocosa ao fato, bem como, pelas autoridades ligadas à instituição, para que nos dê a devida e merecida atenção.

Cristina Esteche

Jornalista

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